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Enviada em: 06/07/2019

No dia 5 de novembro de 2015, a barragem de rejeitos de mineração de Fundão, no município de Mariana - MG, controlada pela mineradora Samarco, um empreendimento da Vale S.A, se rompeu. O que ocasionou no maior desastre ambiental do Brasil. No entanto, medidas necessárias de prevenção não foram tomadas pela Vale no que diz respeito às outras 143 barragens espalhadas pelo país. Isso porque, apenas 3 anos após a tragédia de Mariana, a barragem I do Córrego da Mina do Feijão, em Brumadinho, também em Minas Gerais, se rompeu, o que gerou mais um impacto ambiental gigante e uma perda de vidas humanas irreparável. Isso aconteceu devido principalmente à má gestão feita pela empresa e o descaso para com a segurança de seus funcionários, que visou primordialmente o lucro.        Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Vale tinha ciência da não segurança da barragem. Relatórios feitos por uma empresa contratada pela entidade em 2018, mostraram os riscos da represa de minérios. Contudo, a empresa não bloqueou as operações na área, pois o prejuízo que ocasionaria não era relevante a ponto de evitar outro acidente. E como consequência disso, segundo dados do G1, até maio de 2019, cerca de 20 milhões de metros cúbicos de rejeitos foram liberados na natureza, 236 mortes foram confirmadas, 34 pessoas desaparecidas e 1.137 tiveram de ser evacuadas.     Além disso, as funções da administração voltadas para qualquer instituição,estabelecidas pelo francês Fayol, inferem que é imprescindível haver planejamento e coordenação a fim de garantir um bom funcionamento do ambiente.Como também,a Teoria das Relações Humanas em que a ênfase das empresas consiste primeiramente no bem estar dos operários e não na produção.Entretanto,a antiga Vale do Rio Doce,demonstra problemas de gestão desde a sua privatização. Segundo uma assembléia feita por acionistas da Vale recentemente,revelou que havia manipulação de mercado,já que omitia os riscos de seus empreendimentos,além de afirmarem que a Vale ofereceu consultoria às empresas que analisaram a situação da barragem,em troca de às liberarem para o funcionamento imediato.     Diante dessas condições, medidas são necessárias para evitar a reincidência dos crimes ambientais. Como disse Aristóteles, a base da sociedade é a justiça. Assim sendo, é preciso que o Governo Federal junto ao Poder Legislativo penalizem as empresas responsáveis por infrações ambientais, por meio da criação de uma lei que multe e exija uma declaração anual de relatórios certificando o estado de suas respectivas atividades, a fim de evitar que tragédias como aquelas se repitam. Ademais, cabe também ao governo e a mídia - esta como difusora de informações - relatar as sociedades empresárias sobre a necessidade de uma boa gestão por meio de propagandas em jornais e televisões que mostrem as consequências da má administração, para que assim dar-se-á o fim da problemática.