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Enviada em: 13/05/2019

Contrariando o ditado popular que diz que as pessoas aprendem com os erros, o Brasil, mais especificamente o estado de Minas Gerais, viveu novamente um caso de rompimento de barragem de rejeitos de minérios. Em novembro de 2015, a barragem do Fundão, da mineradora Samarco se rompeu, deixando 19 mortos, 1 desaparecido e prejuízos ambientais imensuráveis. Desta vez, em janeiro de 2019, a lama da barragem da mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, arrastou parte da comunidade local de Brumadinho, e conta com 238 mortos e 32 desaparecidos até o momento. Os danos sociais e ambientais são devastadores.     Acresce que, ainda vai demorar um tempo considerável até que os moradores de Brumadinho retomem suas rotinas normais, uma vez que a lama destruiu casas, veículos, comércios e até fazendas, deixando centenas de pessoas sem emprego e sem moradia. Somado a isso, a suspensão das atividades da mina causaram imenso declíve na economia da cidade. Comércios estão vazios e com pouquíssimo movimento, os moradores por sua vez, tentam se reerguer em meio a tanta dor.    Concomitantemente, apesar de os danos ambientais serem menores do que os de Mariana, não deixam de ser consideráveis. Os rejeitos destruíram dezenas de hectares de vegetação e chegaram também ao rio Paraopeba, isso tornou a água imprópria para o uso, e deixou várias comunidades sem água potável. Do mesmo modo, a tragédia causou impactos na vida da tribo de índios Pataxós, que vive na divisa de Pará de Minas com Brumadinho. Esses dependem da água até para se alimentar, mas os peixes não estão resistindo à poluição.     Fica evidente portanto, o descaso da empresa com a população, uma vez que essa imensa tragédia poderia ter sido evitada. Neste contexto, cabe ao Poder Judiciário, através das leis vigentes no país, aplicar punições severas aos responsáveis, assim como o pagamento de indenizações aos sobreviventes, a fim de devolve-los o minimo da dignidade perdida, e para que outras empresas também entendam a gravidade desse crime.