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Enviada em: 16/05/2019

Em 1984 foi publicado o poema "Lira Itabirana", uma crítica aos impactos sociais e ambientais causados pelo crescimento da mineração e exploração da natureza do poeta Carlos Drummond de Andrade, não obstante, a sociedade brasileira hodierna e o meio ambiente ainda sofrem com a negligência do Estado e das grandes mineradoras.    O advento da Revolução Industrial propiciou o uso de recursos naturais com maior intensidade, apesar do alto desenvolvimento econômico proporcionado por esse evento, observou-se também o marco da relação exploratória entre o homem e o meio ambiente, visto que a busca por lucro ultrapassava qualquer possível impacto social e ambiental, tais atos perduram até os dias atuais, logo, danos ambientais tornam-se constantes em uma sociedade fortemente capitalista.     Após 3 anos da tragédia em Mariana, maior crime ambiental da história do Brasil de acordo com o portal de notícias G1, o desastre em Brumadinho de janeiro de 2019 causou a sensação de impunidade, consequentemente, o soterramento de animais, plantas e pessoas, a contaminação da água, a dificuldade de sucessão ecológica e o fim de um ecossistema não serviram de alerta para a falta de investimento em segurança nas mineradoras.   Mediante os fatos expostos, é inegável a importância da atividade mineradora para a economia do país, contudo, a atuação deve ser acompanhada de um maior investimento em segurança por parte das mineradoras, desse modo, o Ministério do Meio Ambiente junto ao Ministério da Justiça devem aumentar a rigorosidade das fiscalizações em forma de frequentes cobranças e elevar as multas para crimes ambientais afim de evitar e atenuar o sentimento de impunidade e reincidência. Ademais, faz-se necessário o debate sobre a importância da educação ambiental promovidas pelo Ministério da Educação nas escolas, garantindo uma sociedade consciente.