Materiais:
Enviada em: 20/05/2019

O cantor nordestino Luiz Gonzaga, em sua obra “Xote Ecológico”, de 1989, jáx criticava os desastres ambientais causados pela ação humana. Hodiernamente, essa crítica não teve tanto impacto, tendo em vista que o panorama atual das catástrofes na natureza como a de Brumadinho, ainda é alarmante, seja pela negligência governamental, seja pela ampla ganância do homem. Com essa perspectiva, cabe a análise das principais causas e possíveis soluções para esse problema. Em primeira análise, é necessário pontuar a ineficiência estatal como alfa da existência de tais mazelas como a de Brumadinho. O rompimento da barragem de Mariana em 2015, causou o maior desastre ambiental do país. Entretanto, a reincidência do desastre de Brumadinho em 2018, evidencia a baixa atividade estatal para com a fiscalização dos crimes ambientais no Brasil. Tal informação se concretiza em relatórios da Agência Nacional das Águas (ANA) divulgados no fim de 2018, onde 45 barragens brasileiras apresentavam risco de rompimento. Outrossim, é destaca-se a ganância do ser humano como impulsionador da reincidência de tais mazelas. O filósofo iluminista, Jaques Rousseau, em 1770, já alertava da sociedade como fator de deturpação da humanidade. Sob essa ótica, a ganância de empresas como a Vale, proporcionam a continuidade de catástrofes no ecossistema, em detrimento do lucro, objetivo constante da sociedade capitalista. Destarte, verifica-se a necessidade de mudanças no panorama social para com o meio ambiente. Diante dos fatos supracitados, medidas devem ser adotadas para solucionar o impasse. Cabe portanto, ao Poder Legislativo, principal poder de atuação para preservação da natureza, criar políticas protecionistas ao meio ambiente, por meio de projetos de leis, a fim de amenizar a negligência governamental. Além disso, incumbe a mídia, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, realizar conscientizações ambientais direcionadas às grandes empresas, por intermédio de mídias sociais, como TV, Rádio e internet, com o objetivo de clarificar a comunidade empresarial dos preços para o ecossistema na busca pelo lucro. Só assim poderemos nos distanciar da realidade de “Xote Ecológico”.