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Enviada em: 05/06/2019

O rompimento da barragem 1 da mina do Feijão em Brumadinho, Minas Gerais, provocou  uma enxurrada de dejetos que destruiu tudo em seu caminho, matando pessoas e animais e contaminando o ambiente pelo qual a lama tóxica passava. Esse desastre evidenciou o quanto é desleixada a proteção ambiental aos já combalidos ecossistemas do Brasil.       O primeiro problema é que cuidados ambientais são vistos como entrave ao desenvolvimento econômico. Entidades governamentais dos estados e municípios, na ânsia de se tornarem atrativas para a instalação de Indústrias agem com morosidade na fiscalização do cumprimento de regras de combate a desastres ambientais. E é essa negligência proposital em relação aos protocolos de segurança que faz com que as tragédias aconteçam e se repitam, a exemplo do que ocorreu com a mineradora Vale do Rio Doce, proprietária da mina do Feijão e que, cinco anos antes,  passou por um outro rompimento nos mesmos moldes em Mariana, MG.       Outro ponto é que não são destinados recursos suficientes para a fiscalização. É frequente em noticiários televisivos denúncias feitas por órgãos como o Instituto do Meio Ambiente acerca da carência de pessoal e de estrutura de transporte como carros e aviões para fiscalizar empresas que realizam explorações de recursos naturais. Essa carência acaba por favorecer empresas negligentes aos ordenamentos legais, dificultando  a aplicação preventiva de multas e embargos pelo poder público.       Por conseguinte percebe-se que a proteção dos ecossistemas brasileiros está longe do ideal. É necessário incentivar o monitoramento eficiente de empresas que exploram recursos naturais. Uma alternativa é a criação de um fundo que incremente orçamentos de estados e municípios que cumprem rigorosamente seu papel de vigilância e que não estejam envolvidos em incidentes ambientais relacionados a displicência governamental. Só assim, com responsabilidade e proteção efetivas é que conseguiremos proteger nosso patrimônio ambiental.