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Enviada em: 05/06/2019

O desastre de Brumadinho foi consequência da impunidade de crimes ambientais que ocorrem há muito tempo. Sendo que em 2001, houve o rompimento da barragem da Rio Verde, em Nova Lima, que foi prosseguida por rompimentos em Miraí, 2007, Itabirito, 2014, Mariana, 2015. Tais acontecimentos além de prejudicarem o ecossistema local, ceifam a vida de várias pessoas. Logo, não podem ser considerados tragédias ambientais, e sim crimes, que devem ser devidamente punidos.   A princípio, o poeta Carlos Drummond de Andrade, no século XX, já denunciava as atrocidades que a atividade garimpeira gera. "O rio? É doce. A vale? Amarga.", trecho proferido pelo autor demonstrando a influência do capitalismo, devido a sua grande representatividade no Produto Interno Bruto (PIB), em detrimento com a preservação e fiscalização por parte das autoridades. Em síntese, a forte parte da mineração no PIB contribui para a falta de vistorias e controle de barragens, tanto por parte da mineradora, quanto dos órgãos competentes.   Em outra perspectiva, os rejeitos são compostos por vários elementos prejudiciais ao solo, por conterem elementos que retiram os nutrientes da terra, prejudicando assim qualquer utilização daquela área por muitos anos. Ademais, o encontro da lama com o Rio Paraopeba afeta diretamente as populações que captam água ou utilizam atividades que dependem diretamente desse curso hídrico. Causando uma crise hídrica pela perda de qualidade da água do rio.   Portanto, a reincidência dos crimes ambientais é grave e para se evitar futuros delitos é necessário, que o Ministério do Meio Ambiente por meio de novas leis, fiscalizar e estabelecer um limite de exploração do minério, a fim de controlar a área degradada e que após o fim da exploração, haja a reposição da flora e fauna local. Além da divulgação por parte da mídia em relação a crimes ambientais, para que todos fiquem sabendo e que os casos não caiam no esquecimento, como sempre acontece.