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Enviada em: 23/06/2019

Num intervalo de aproximadamente 5 anos, o Brasil sofreu dois desastres que repercutiram internacionalmente: o rompimento da barragem de Mariana em 2015 e o rompimento da barragem de Brumadinho em 2019. Ambos trouxeram consequências devastadoras para as populações afetadas e para o meio ambiente. Ademais, os dois desastres foram responsáveis por mostrar o total descaso por parte das autoridades governamentais para evitar que acidentes como esses aconteçam.       O desastre de mariana, em 2015, impactou profundamente a população ribeirinha e o meio ambiente que foi atingido pela lama proveniente do rompimento da barragem, dado que aproximadamente 20 pessoas perderam a vida e será necessário mais de 100 anos para os danos ambientais serem revertidos, de acordo com um relatório liberado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA). Logo após o acontecimento, o Ministério de Minas e Energia liberou um estudo contendo as principais barragens em risco de rompimento, dentre elas estava a de Brumadinho. Com isso, a sociedade estava esperando que o poder público tivesse uma atitude mais firme e passasse a fiscalizar de maneira mais intensa as mineradoras. Entretanto, nada aconteceu e a inércia do governo proporcionou o colapso da barragem de Brumadinho em 2019, tendo como resultado mais de 200 mortos e centenas de hectares inundados pelos rejeitos da mineração.       Aparentemente, as ações tomadas pelo governo em relação ao primeiro acidente não foram tão eficazes, considerando que o mesmo desastre tornou a acontecer num intervalo menor que uma década e, pior ainda, com efeitos muito mais devastadores. Além disso, outra prova do descaso governamental é o fato de o IBAMA ter emitido 70 notificações à mineradora responsável pelo desastre de Mariana, sendo todas elas sobre como proceder em relação aos danos gerados, e apenas 5% terem sido cumpridas em 5 anos de tragédia. Com isso, extrapolando os acontecimentos de Mariana, pode-se esperar que pouca ou quase nenhuma ação seja realizada visando o combate dos efeitos adversos do rompimento da barragem de Brumadinho.       Em síntese, os dois desastres que aconteceram em Minas Gerais trouxeram consequências terríveis para a população e para o meio ambiente, mas muito pior ainda é a inatividade do governo em relação a eles, o que mostra o descaso total com a sociedade brasileira. Uma das maneiras para evitar que esse tipo de problema ocorra é por meio do controle social, ou seja, com a criação de associações de pessoas que tratem de fiscalizar as ações governamentais e possam cobrar as respostas necessárias. Desta maneira, o governo será pressionado pela população a responder da maneira apropriada os problemas que estiverem ocorrendo.