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Enviada em: 26/06/2019

O Brasil é reconhecido mundialmente por ser um país exportador de commodities, e dentre eles, os minerais são uma das principais fontes de riqueza da nação. Conquanto, o segundo caso  de rompimento de barragens aconteceu no começo de 2019, e sendo essa a segunda barragem a romper em menos de 3 anos, o despreparo da mineradora Vale foi colocado em pauta novamente, bem como o descaso governamental em administrar os recursos voltados ao bem estar social e ambiental. Nessa perspectiva, convém analisar os entraves vinculados a essa inercial problemática, bem como subterfúgios para a resolução dos mesmos. Em primeira análise, é importante destacar a falta de políticas administrativas mais enérgicas referentes a fiscalização de grandes obras.  De acordo com o pastor protestante Martin Luther King, "A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar". Analogamente, convém ressaltar o fato do Ministério Público de Minas Gerais identificar que a mineradora Vale possuía 10 das 57 barragens em estado de atenção em 2018. Torna-se nítido, portanto, que o descaso governamental frente aos desastres hodiernos no estado de Minas Gerais irá comprometer  milhares de famílias em um futuro não tão distante por todo o país. Faz-se mister, ainda, salientar a falta de uma população mais unida e comprometida com o bem estar social como impulsionador do problema. Segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, a tão chamada sociedade pós-moderna é formada por relações voláteis como líquidos, e não mais sólidas como antigamente, exacerbando o individualismo e deixando de lado as relações sociais mais primitivas. Nesse contexto, milhares de famílias atingidas pela enchentes não foram ainda ressarcidas pelas perdas, visto que os donos da mineradora terão que arcar com um prejuízo que pode ser facilmente driblado por ações judiciais postergadas até que a população desaprendida de eventos passados, esqueça novamente mais essa tragédia. Infere-se, portanto, que medidas devem ser cumpridas para que os entraves vinculados a esse problema sejam solucionados. Para tanto, cabe ao Ministério do Meio Ambiente elaborar políticas mais incisivas na questão fiscalização de obras públicas, multando pesadamente empresas que não tenham suas obras dentro dos parâmetros de qualidade impostos. No âmbito social, cabe ao Ministério da Educação ensinar aos alunos, através de aulas elucidativas e materiais didáticos, a importância da coesão social frente a injustiças que atingem a sociedade brasileira. Já a mídia deve transparecer para a sociedade o desenrolar desses desastres, a fim de que a população fique ciente e tome as atitudes necessárias caso o governo mostre-se complacente com as injustiças através de protestos e greves.