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Enviada em: 27/06/2019

Desde a Revolução Francesa - processo desenvolvido para corrigir as desigualdades sociais - uma sociedade só evolui quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa os altos índices da reincidência dos crimes ambientais e seus impactos no Brasil, verifica-se que esse ideal revolucionário é constatado na teoria e não, desejavelmente, na prática. Devido a isso, a problemática persiste intrinsecamente relacionada à realidade da nação. Nesse contexto, convém analisar as principais causas de tal postura negligente para com a sociedade.      A priori, é inegável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo da educação Paulo Freire, se a educação, por um lado, não altera o mundo, por outro, sua ausência torna inviável qualquer mudança. De maneira análoga, tal fato se reflete nos ínfimos investimentos governamentais em medidas na base educacional que incentivam o ensino em escolas sobre a importância da preservação ambiental e as consequências que os crimes ecológicos podem causar ao país; e devido à falta tanto de administração quanto de fiscalização pública, por parte de algumas gestões, isso não é firmado.        Por conseguinte, segundo pesquisas 10 barragem estavam em zona de atenção em Brumadinho, de acordo com a MPMG. Tal situação está associada às altas taxas de desdenho social em relação à proliferação de desastres ambientais causados por crimes ecológicos no território nacional, sendo um impulsionador desse impasse. Nesse sentido, o sociólogo Durkheim afirma que o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Nessa lógica, nota-se que é imprescindível que ocorra uma mudança da mentalidade social para que haja uma transformação gradativa das atitudes coletivas sobre essa ação prejudicial.       É mister, portanto, que indivíduos e instituições cooperem para atenuar a problemática. O Governo Federal deve, por meio do Poder Legislativo, aumentar as verbas públicas destinadas à educação, a fim de proporcionar uma maior conscientização dos estudantes. Além disso, para que ocorra uma mobilização da sociedade a respeito do problema, compete ao Estado, em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente, promover campanhas de abrangência nacional, por meio de redes televisivas e sociais, uma vez que tal ação contribuirá a transpor a reincidência dos crimes ecológicos, o que viabilizará uma diminuição nos impactos ambientais; além de realizar palestras em praças, escolas e universidades sobre como a negligência ambiental pode causar danos à população. Dessa forma, os brasileiros se tornarão mais conscientes e, assim, a prática dos ideais revolucionários será mais presente na sociedade.