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Enviada em: 28/06/2019

A questão da irresponsabilidade com o meio ambiente e com a vida dos seres humanos no Brasil, em busca de capital, não é uma invenção atual: desde a sua colonização, em 1500, o país sofre com a ação antrópica, que feriu não só a natureza, mas também os nativos que dependiam dela. Apesar dos alertas quanto a isso, no século XXI, esses crimes ambientais ainda são recorrentes, o que coloca em risco a existência de diversos seres vivos do planeta. Sendo assim, cabe avaliar os fatores que favorecem esse quadro.         A princípio, salienta-se as enormes consequências desses desastres no meio ambiente, que configura um colossal problema ambiental. No início de 2019, a tragédia de Brumadinho, em Análise preliminar do Ibama, indicou que 2,6 milhões de metros quadrados de mata foram destruídos pela lama, além de ceifar numerosas vidas e colocar diversas espécies em risco. Segundo Servio Pontes Ribeiro, professor de ecologia da saúde da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), esse dano ambiental fará sofrer população e natureza por muitos anos.       Ademais,  nota-se a ambição pelo capital como principal impulsionador para a ocorrência desses danos. De acordo com o sociólogo alemão Karl Marx, a desvalorização do mundo humano aumenta em proporção direta com a valorização do mundo das coisas e isso pode ser observado nas condições em que o crime ambiental de Brumadinho se apoiou. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a barragem da Vale que se rompeu em Brumadinho havia sido classificada pela mineradora como em "zona de atenção", mas ainda assim não cessaram os serviços pela área, o que cumpre os dizeres de Marx, do século XIX, na contemporaneidade.       Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para resolver essa problemática. O Ministério da Educação e o Ministério do Meio Ambiente devem trabalhar em conjunto; ao primeiro, cabe propor ao currículo escolar, por meio das matérias de sociologia e filosofia, incentivar os jovens sobre a valorização das vidas e o desapego das coisas materiais. Ao segundo, cabe criar medidas de responsabilidade ambiental, como uma maior fiscalização do funcionamento de locais que possam vir  a causar esses desastres ambientais. Com ambos em atuação, o Brasil poderá conservar sua grande diversidade e permitir que vidas sejam poupadas, em virtude da construção de uma sociedade ambientalmente mais sensata e humanitária.