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Enviada em: 30/07/2019

A irresponsabilidade perante a natureza  Em 2015, houve um rompimento da barragem da Samarco, administrada pela empresa de mineração Vale, em Mariana, Minas Gerais, cujo conteúdo era lama e detritos, atingindo diversas cidades e soterrando uma, além de causar um desastre ambiental para o país. Apesar da responsável receber multas em alguns milhões, no ano de 2019 ocorreu uma reincidência, desta vez localizada em Brumadinho, também no mesmo estado, demonstrando a ineficácia da legislação brasileira e descaso governamental perante infrações, principalmente ambientais, cometidos por empresas que destruíram áreas importantes para o desenvolvimento humano e do ecossistema natural.  A relação dos seres vivos com o ambiente das áreas ao redor foi afetada significativamente, seus habitats destruídos, o crescimento vegetal inviabilizado por derivados da mineração, e a lama tornando o  solo carente de matéria orgânica, poluindo rios e consequentemente o oceano atlântico. De acordo com o Governo Federal, mais de 600km de rios foram contaminados pelos dejetos, inúmeras espécies aquáticas foram prejudicadas, nascentes soterradas, grande quantidade de peixes mortos e a população humana da região, como índios, estão sem sua fonte de água e sustento.  Entretanto, devido a dependência do Brasil com a exploração de seus recursos minerais vendidos para outros países, o governo tende a privilegiar essas empresas para que continuem gerando lucro, a permitir flexibilidade nas normas e diretrizes de segurança e deixar em segundo plano as consequências ambientais e sociais que tal extração pode trazer para o país, juntamente com a  falta de leis rígidas em vigor, como por exemplo a resolução que está atualmente ainda em tramitação mesmo após dois desastres, essa que proíbe o método de construção utilizado em ambas barreiras. Também há ausência de fiscalização adequada e profissionais qualificados, tornando comum falhas éticas, como suborno e corrupção, e falhas nas estruturas construídas que deveriam ter sido inspecionadas, aumentando a taxa de reincidência do crime.  Portanto, para evitar que a riqueza natural do país, a população, a fauna e a flora não sejam mais prejudicados por ações irresponsáveis, a mídia brasileira, como forma de comunicação e informação em massa, deve expor todos os perigos que tais ações geram no ecossistema por meio de notícias. O governo, para evitar novas reincidências, além de triplicar o valor da multa pode suspender as atividade da empresa até todas as demais barragens estarem devidamente seguras e colocarem em prática medidas para recuperação da região, tais como demarcação de novas áreas de preservação que podem ou não estar associadas ao turismo ecológico para gerar lucro.