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Enviada em: 05/08/2019

O filme "O impossível" retrata a história de uma família que presencia um desastre ambiental, e tenta sobreviver a ele. Na trama, os personagens encontram-se, após o tsunami, em uma situação de total desespero, sem expectativa de vida. Fora da ficção, o Brasil vivencia momentos semelhantes, no entanto, a calamidade causada pelos movimento tectônicos no filme, cede lugar para os rompimentos de barragens ocasionadas devido ao avanço do consumismo, e ao descaso governamental perante às leis de fiscalização e proteção ambiental.       A princípio, é fundamental ressaltar o desejo desenfreado pelo lucro em detrimento da natureza. Nesse prisma, desde o período colonial brasileiro a flora vem sendo explorada, nessa época devido ao extrativismo do Pau-Brasil, desmatando enormes áreas. Hodiernamente, as explorações não têm enfoque apenas na madeira, e sim em quase todos os recursos naturais, os quais são de enorme importância para a sobrevivência humana. Dessa forma, a máxima proferida pelo filósofo Thomas Hobbes, "O homem é o lobo do próprio homem", desenha, com propriedade, a sociedade do consumo.       Ademais, para além dos danos naturais, é imprescindível analisar o descaso governamental com as leis ambientais brasileiras e suas fiscalizações. Tangente a isso, nos anos de 2015 e 2019, ocorreram, respectivamente, o rompimento da barragem de Mariana e Brumadinho em decorrência da má fiscalização das represas. Esses crimes ambientais, causaram inúmeros impactos e mortes, desse modo, infligindo os direitos garantidos na Constituição Federal de 1988. Assim, fica evidente, infelizmente, a inoperância do Estado, devido às falhas legais, em garantir total segurança à população.       Infere-se, portanto, que os crimes ambientais vêm tendo reincidência no Brasil, assim sendo urgente medidas que amenizem essas chagas. Com isso, cabe às escolas modificar a relação do ser humano com a natureza, por meio de palestras e visitas de campo, para os alunos vivenciarem a realidade da flora nacional, com o intuito de fazer as futuras gerações repensarem suas práticas e coexistirem com a natureza. Concomitantemente, urge que o Poder Legislativo assegure a punição das empresas que causarem danos sociais e ambientais, mediante à criação de leis mais rígidas, e com multas mais altas, assim, incentivando à manutenção das barragens. Consequentemente, garantindo com que os crimes ambientais não voltem a ocorrer.