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Enviada em: 22/04/2019

O homem possui, no conhecimento, um belo meio para o declínio, defende o filósofo Friedrich Nietzsche. Nesse sentido, os desafios na busca pelo desenvolvimento sustentável são um assunto recorrente no Brasil, isto é, o objetivo empresarial de visar apenas lucros ou o consumismo desenfreado são fatores negativos que podem levar o país ao retrocesso ambiental e, então, devem ser combatidos.       Em primeiro lugar, é indubitável que o surgimento da Revolução Industrial — com a busca pela arrecadação de capital e de desenvolvimento tecnológico — teve impacto significativo ao meio ambiente. Diante disso, não é difícil perceber que os impactos ambientais, como catástrofes naturais e o aquecimento global, são apenas reflexos das atividades insustentáveis que a sociedade exerce. Esse empecilho ocorre, sobretudo, desde a eliminação inadequada do lixo doméstico até o descarte incorreto dos resíduos industriais, o que acaba não somente atingindo a vida das pessoas, mas de todos os outros seres vivos do planeta, visto que isso é preocupante. Dessa forma, é notório que medidas devem ser tomadas para reverter esse cenário.       Nesse ínterim, o consumo desnecessário também possui seu papel negativo na sustentabilidade. Segundo o filósofo Lipovetsky, a hipermodernidade é a cultura dos excessos. Nessa perspectiva, de modo análogo, pode-se observar o consumo humano exagerado de produtos eletrônicos, como os celulares, os quais, geralmente, são substituídos por outros equipamentos pelo "design" diferente e não pelo motivo de uma função distinta, o que gera um aumento do lixo eletrônico. Esse fato ocorre, sobretudo, devido as propagandas midiáticas que não apresentam preocupação com a sustentabilidade do planeta e acabam, assim, "bombardeando" os indivíduos com anúncios de equipamentos que criam a ilusão de tornar a pessoa mais aceita socialmente, o que é incorreto. Desse modo, para reverter essa situação, são necessárias atitudes educativas que visem combater esse empecilho.        Infere-se, portanto, que o desenvolvimento sustentável no Brasil — se houverem mudanças — pode não ser algo utópico. Logo, o Ministério do Meio Ambiente deve, com apoio do Judiciário, fortalecer as leis que punem as indústrias que descartam resíduos incorretamente, aplicando multas severas e punições necessárias, com objetivo de reverter esse miasma. Além disso, o Ministério da Educação deverá divulgar propagandas, na televisão e internet, com especialistas em economia que orientem a população sobre as formas de consumir sustentavelmente, para que esse problema seja amenizado. Dessa maneira, ao contrário do que Nietzsche afirmava, a humanidade poderá usar o conhecimento para o progresso sustentável e social.