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Enviada em: 28/05/2019

Após o início da Revolução Industrial, o mundo exibiu um modelo produtivo que provoca intensa degradação ecológica e estimulou debates de diferentes nações. Nesse sentido, na década de 80, uma discussão em escala global foi criada e propôs o relatório “Nosso Futuro Comum”, o qual objetiva um equilíbrio entre natureza e crescimento econômico e solicitou diversas práticas, dentre elas: manutenção florestal, águas não poluídas e métodos recicláveis. Entretanto, esse aspecto sustentável não está presente no cotidiano brasileiro e ampliou problemas ambientais, no qual – seja pelo papel irracional do agronegócio, ora pela desinformação de hábitos sustentáveis – corrobora para alterações climáticas e escassez de recursos naturais.   Em princípio, cabe analisar a irracionalidade sustentável do agronegócio sob a visão do filósofo alemão Hans Jonas. Segundo o autor, o homem deve preocupar-se com os efeitos coletivos de suas ações e não apenas em consequências individuais. Analogamente, o atual setor agrícola contradiz esse pensamento ao visar somente seu contexto individual de lucratividade – o qual torna-se negligente em ações de reflorestamento, uso controlado de recursos naturais e despoluição de nascentes hídricas. Por consequência, cada vez mais a produção agrícola impede uma exploração racional da natureza e fortalece mudanças na biodiversidade.    Ademais, além do agronegócio, a desinformação popular referente a métodos sustentáveis também auxilia na problemática e convém ser contestada sob a perspectiva do sociólogo francês Émile Durkheim. Segundo o autor, o indivíduo só poderá agir na medida em que conhecer o contexto em que está inserido. Dessa forma, em um âmbito social, que pouco destaca-se o desenvolvimento sustentável, o cidadão tende a desconhecer esse princípio e pode até mesmo financiar fábricas que promovem desmatamentos, poluições e produzem objetos não recicláveis. Logo, indivíduos desinformados de práticas sustentáveis acabam por auxiliar, indiretamente, na destruição de ecossistemas e escassez de matéria-prima.    Diante disso, torna-se evidente que medidas devem ser tomadas. Para isso, ONGs Ecológicas, com auxílio governamental, devem difundir esse assunto nas áreas agrícolas, de modo a orientar as empresas sobre práticas lucrativas de plantio e produção, mas que também sejam ambientalmente preservacionistas, como a recuperação de pastagens. Dessa forma, será possível conservar a biodiversidade das áreas de produção e garantir aspectos sustentáveis no agronegócio brasileiro. Além disso, a mídia digital, com postagens nas redes sociais, deve destacar informações sobre sustentabilidade e medidas que podem ser adquiridas no cotidiano, a fim de contribuir na formação crítica da sociedade relativa ao assunto e realçar atos propostos pelo relatório “Nosso Futuro Comum”.