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Enviada em: 21/02/2018

O arcadismo, famosa escola literária, tinha como uma das bases temáticas a representação do campo como um lugar cheio de tranquilidade onde o eu-lírico encontraria a harmonia entre o homem e o meio. Entretanto,após a revolução industrial, a ideia da cidade como referência de desenvolvimento não somente atraiu muitas pessoas aos centros urbanos como também é a responsável por grande parte da degradação ambiental vista hoje.Sendo assim, com o objetivo de resgatar o amor pela natureza do arcadismo e manter a tendência progressista, foi criado o conceito de "desenvolvimento sustentável" que por ainda enfrentar empecilhos, não conseguiu se tornar realidade.   Uma das grandes dificuldades de aliar crescimento econômico e a preservação da natureza é o individualismo tão corriqueiro na modernidade.Isso porque como o estabelecido pela metáfora de Zygmuntt Bauman, a sociedade costuma agir de acordo com seus próprios interesses sem pensar na harmonia geral, como um caçador que mata sem pensar nos impactos para a floresta.Neste caso, o egoísmo da população é tamanho que há um déficit em perceber que se as formas de produção continuarem como estão, as futuras gerações passarão por situações inóspitas.   Além disso, o fato de a economia mundial ser baseada no consumo também é impactante para o meio ambiente. Essa circunstância deve-se ao fato que para produzir um produto é necessário matéria prima que é retirada da natureza, também porque na maioria dos processos de fabricação, há a emissão de poluentes e em alguns casos, grande desperdicío de água. Outrora, para conseguir vender cada vez mais, tornou-se comum a chamada obsolescência programada em que os produtos já saem da indústria com data para pararem de funcionar e obrigarem o consumidor a comprar um novo.   Dessa maneira, faz-se preciso que o SEBRAE, através de seus cursos, mostre aos pequenos e médios proprietários de indústrias as vantagens para o meio ambiente do uso de matéria prima de fácil degradação ou reciclagem. E no caso das grandes empresas, os ministérios do Meio Ambiente e da Economia poderiam fazer uma parceria para fiscalizá-las buscando por excessos de gastos ou emissão de poluentes e oferencendo soluções para substituir esses processos por outros menos nocivos ao meio e sem diminuir de forma significativa os lucros. Assim, o será possível aliar a paixão pela natureza do arcadismo com as demandas capitalistas atuais.