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Enviada em: 04/04/2018

Schumpeter e Mises são dois grandes expoentes do pensamento capitalista e adeptos da destruição criativa, que seria o processo onde o novo da lugar ao velho graças a inovação. Contudo a natureza não foi feita da destruição criativa e sim, de acordo com Charles Darwin, da adaptativa, que leva de milhares a milhões de anos. Os problemas desse preceito não param por ai, é suposto, por Adam Smith, outro grande teórico do liberalismo, que o homem é egoísta e em assim geraria bem estar a todos, suposição que cai por terra em eventos como a Comuna de Paris e a Revolução Bolchevique, atestando que o ser humano não é necessariamente como pensava esse autor.       Exatamente a ausência dos sentimentos presentes nesses fatos históricos, em especial o que Durkeim chama de solidariedade mecânica, são causa dos péssimos resultados que o Brasil vem enfrentando no que tange ao combate ao desmatamento da amazônia, um grande empecilho ao desenvolvimento sustentável, esse fenômeno vem aumentando depois de um grande período de queda, movido pela busca de lucros e atitudes governamentais pouco responsáveis, que são defendidas como medidas progressistas.       Mas qual progresso? Essa resposta o autor e historiador José Pontes Schayder oferece em seu livro passando a limpo, o progresso econômico que, como bem falou Marx ao referenciar que a ideologia é o pensamento das classes dominantes, é o objetivo mor, se não o único e o social é esquecido, ou mesmo é utilizado como justificativa para o progresso que geraria no futuro bem-estar a todos, o que o mesmo autor afirma ser um discurso de, no Brasil, 100 anos de manutenção.     Portanto para o desenvolvimento sustentável há esses dois maiores gargalos. A única maneira de resolvê-los é nas urnas, escolhendo representantes que defendam efetivamente mudanças. E o que fariam esses quando eleitos. Primeiro não perdoar novamente crimes ambientais, como foi feito pelo governo  Temer, medidas como essas ressaltam a impunidade e incentivam a destruição natural, findar com o avanço da fronteira agrícola, esse gera pouco desenvolvimento social e muito caos natural, afinal a mecanização é tão largamente empregada que, no Brasil, de acordo com o IBGE, a maioria dos trabalhadores rurais é de regime familiar e esse regime é responsável pela maioria da comida que chega aos brasileiros. Partindo desse ponto a retomada massiva da reforma-agrária é uma ótima medida, pois essa se apresenta estagnada, o que diminuiria problemas sociais. O bolsa família deve ser reajustado segundo a inflação, o que não acontece atualmente e é uma medida simples. E por fim o estímulo a empreender deve ser incentivado, aproveitando as mudanças no ensino médio, uma matéria desse nicho seria muito bem-vinda para geração de empregos.