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Enviada em: 16/08/2017

Brás Cubas afirma em suas "Memórias Póstumas" que não teve filhos e por isso não transmitiu o legado de nossa miséria. Nesse sentido, pode-se dizer que o aumento da violência é o principal defeito da nossa sociedade. Embora esse cenário tenha estimulado discussões sobre a maioridade penal, reduzi-la não trará resultados a longo prazo.   Em primeira instância, não há dúvidas de que o sistema prisional é ineficiente. De acordo com uma pesquisa realizada em 2014 pelo Ministério da Justiça, o país possui a 4° maior população carcerária do mundo e, mesmo assim, é considerado uns dos mais perigosos. Sob essa ótica, é cabível acreditar que a melhor solução não seria prender estes jovens já que o resultado almejado não seria alcançado.   Outrossim, segundo Durkheim, fato social é a maneira coletiva de agir e de pensar, de forma que o indivíduo tem tendência em apresentar certa postura se a mesma for a habitual no seu meio. De forma análoga, percebe-se que a diminuição da maioridade penal faria com que adolescentes tivessem contato com diversos criminosos, ou seja, eles sairiam da cadeia pior do que entraram.    Infere-se, portanto, que medidas são essenciais para reverter essa situação. Immanuel Kant afirmava que "O homem é aquilo que a educação faz dele". Logo, a escola, em conjunto com a família, poderia ensinar alunos de todas as classes a importância de uma vida honesta através de debates, a fim de formar cidadãos mais conscientes e menos propensos à vida do crime. A mídia deveria destacar, por meio de séries e novelas, histórias de pessoas que seguiram o caminho dos estudos e do trabalho para ratificar o trabalho feito pelos colégios. Por fim, o governo poderia elaborar mudanças no sistema das prisões, a fim de que passem a buscar a recuperação e  ressocialização, dando-os oportunidade e fazendo com que a problemática seja realmente solucionada.