Debater para julgar "Criminilidade, violência e seus congêneres são sintomas externos de uma sociedade pouco coesa". Assim aborda o sociólogo Z. Mauban em seu livro: 24 cartas ao mundo líquido moderno. E, esse argumento, pode ser usado para ajudar na compreensão sobre a maioridade penal no Brasil. De modo que, discutir sobre a idade para a maioridade penal no Brasil é, imprescindível, para assim, tentar entender as reais causas que levam crianças e adolescentes ao mundo do crime e, só depois disso, julgar sobre essa causa. As desigualdades sociais extremadas embrutecem às sociedades o que corrobora para o aumento de males sociais. Isso porque, sem perspectivas de ascensão social, os adolescentes, bastantes influenciáveis devido a estarem ainda em desenvolvimento neuro-cognitivo, optam, muitas vezes, pelo mundo do crime que lhes é apresentado de modo muito atrativo. Um fato que corrobora por fortalecer esse argumento é o de que, conforme mostram recentes pesquisas divulgadas pelo DATAFOLHA, a porcetagem de apenados menor de idade que tem índices sociais precários é a prevalente. Somado a isso é, vital atentar para o fato de que a diminuição da idade para a maioridade penal é apenas um paliativo. Isso porque, as condições das instituições responsáveis por re-educar os internos são insuficientes em seus objetivos. Além do mais, "prender mais" é ilusão, pois a raiz do problema é outro. Os altos índices de intenos menores de idade é gigante no Brasil e mesmo assim a criminalidade nessa faixa etária é reinante. Depreende-se, portanto, que diminuir a maioridade penal é ineficaz, já ,debater sobre isso é, vital, para assim, propor soluções que ataquem as origens dos problemas. Diminuir as desigualdades sociais, através de investimentos de - Estado, iniciativa privada e ONGS- nas escolas de periferia, aumentando com isso a qualidade dos professores assim como a infraestrutura das escolas, ajudará nesse processo rumo ao progresso. soci