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Enviada em: 15/06/2017

A carência de recursos educacionais voltados ao jovem brasileiro, em especial aos de baixa renda, acarreta muitos problemas. Dentre eles, a criminalidade. Capitães de Areia, de Jorge Amado, por exemplo, retrata a vida de adolescentes que foram abandonados e encontram nos delitos uma maneira de viver. Como uma maneira de erradicar esse mal, o Brasil está em um intenso conflito sobre a maioridade penal. Esta, deve ser discutida levando em conta a vertente do problema principal e a consequência que acarretaria para o sistema prisional brasileiro.     A formação da personalidade de um jovem é resultado das influências e incentivos recebidos na escola e na vida social. Uma pesquisa realizada na Universidade de São Paulo constatou que a cada 1% investido na educação, diminui-se 0,1% de criminalidade. O filme Escritores da Liberdade é um exemplo dessa relação, já que conta a história real de jovens delinquentes que mudaram suas vidas com o apoio de uma professora. Tal drama estabelece uma relação direta entre o convívio social e a educação, que é base para a construção do senso crítico e da moralidade.     Ademais, a situação carcerária brasileira foi criticada em relatórios da ONU e até mesmo pelo Papa Francisco devido aos altos índices de superlotação. De acordo com o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, atualmente, nosso país tem o quarto maior número de presos, fazendo com que a população prisional não pare de crescer. Portanto, redução da maioridade penal é inviável, dada as condições desse sistema.     A necessidade de uma solução é indubtável. No que se refere ao ensino, o MEC em parceria com as secretarias estaduais da educação, deve implantar um projeto que consiste em introduzir psicólogos e assistentes sociais nas diversas escolas públicas do país e realizar cursos gratuitos, para os alunos, voltados para a profissionalização. Além disso, são necessárias mudanças nas medidas socioeducativas para menores de idade. A Fundação Casa deverá receber palestrantes voluntários (que serão indicados por meio das igrejas, da população, etc.) para que testemunhem sobre suas antigas vidas e posterior superação com as drogas e a criminalidade. Assim, haverá a oportunidade da inserção social dos jovens de baixa renda no mercado de trabalho e os adolescentes, ouvindo alguém que passou pela mesma ou semelhante situação e supero, irão desfrutar de um sentimento de esperança e confiança de que ainda há tempo para recomeçar uma nova vida.