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Enviada em: 02/07/2017

Umas das soluções encontradas pela sociedade brasileira, para controlar o aumento de crimes cometidos por adolescentes, é a redução da maioridade penal. Entretanto, nota-se a importância de analisar com cautela tal decisão, haja vista que inserir jovens em um sistema carcerário superlotado, além de não se preocupar com a ressocialização não é a melhor saída.             Em primeiro lugar, o sistema prisional atualmente enfrenta inúmeros impasses. A começar pela estrutura física, que  encontra-se em condições desumanas, tendo em vista que a falta de higiene e saneamento tem agravado o surgimento e a proliferação de diversas doenças. Ademais, a maioria das instituições comportam um número de detentos superior  ao permitido pelo Tribunal de Justiça, inserir  mais indivíduos comprometeria ainda mais à situação. Em um dos livros de Dráuzio Varela - médico que fez trabalho voluntario em presídios de São Paulo- é possível perceber o quão comprometido seria colocar os adolescentes nesses ambientes de detenção.                Outrossim,  os jovens, muitas da vezes, não são os culpados das atrocidades que cometem. Isso porque, muitos cidadãos vem priorizando demasiadamente os valores financeiros, deixando de lado os ensinamentos essências  para o desenvolvimento desse público. Consequentemente, com a falta de diálogo, e o esquecimento da sociedade, muitos acabam sendo vítimas das mazelas do mundo,  e mergulham no mundo do crime sem ao menos imaginar que estão cometendo erros. Dados estatísticos obtidos pelo Instituto de Pesquisa Econômica aplicada revelam, que aproximadamente 40% dos menores infratores foram abandonados pela família ainda  na infância.                  Fica claro, portanto, a necessidade de estudar os efeitos da redução da maioridade penal, a fim evitar os problemas. Para isso, cabe ao Ministério da Justiça, não só investigar os efeitos que tal aplicação pode geral, evitando novas complicações, mas também criar centros educativos que se preocupem com o papel de reabilitação, onde os seres possam apreender a conviver no meio social tendo os direitos e deveres efetivos. Some-se a isso, a criação de campanhas educativas mostrando a importância da família no desenvolvimento juvenil, pelo Ministério da Educação, prevenindo o desequilíbrio dos filhos. Por fim, como a filosofia nos mostra com Confúcio, eles precisam ser educados, pois não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer erros.