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Enviada em: 13/07/2017

O livro “Capitães de Areia”, de Jorge Amado, narra histórias de meninos, entre 11 e 18 anos, que viviam em um areal e eram constantemente presos e levados a centros socioeducativos, no qual sofriam agressão e coerção.   Fora desse contexto literário, no Brasil, cogita-se a possibilidade de jovens serem detidos em prisões de segurança máxima como meio de reabilitação, o que torna necessária a discussão de novas medidas que resolvam definitivamente a questão.   Desde o período em que Roma aprisionava os perdedores da guerra, não havia distinção entre idades e estes não mais seriam cidadãos, pois teriam desonrado a pátria e seus combatentes, sendo considerados marginalizados. O posicionamento atualmente não mudou, já que jovens imaturos são levados ao cárcere na convivência de criminosos e se esquecendo cada vez mais do sistema e de suas leis. Por isso, em liberdade tornam-se grandes delinquentes para a sociedade.   Entretanto, muitos problemas dificultam a resolução do impasse. Por falta de centros socioeducativos adaptados para os tipos de crimes cometidos e de profissionais para zelarem pelos jovens, o sistema prisional é visto como a melhor forma de punição e recuperação. Ademais, cada caso deveria ser estritamente analisado e julgado, pois a implantação da maioridade penal aumentaria a superlotação nas prisões gerando uma grande crise penitenciária.  Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Em parceria com ONG´s, o Ministério da Justiça deve construir mais Fundações Casa com intuito de ensinar aos jovens uma profissão para que eles não cometam mais delitos. Além disso, o conselho tutelar deve estar atento e agir mediante denúncias sobre crimes cometidos por crianças e jovens, conversando e instruindo as famílias. Dessa forma, pode-se fazer com que cenários como esse, não se tornem páginas da literatura brasileira.