Materiais:
Enviada em: 09/10/2017

É inconcebível comparar um jovem menor de idade a um adulto. Não se justifica, então, a redução da maior idade penal. Principalmente, no Brasil, que sofre tantos outros problemas sociais causadores da criminalização do menor, são eles: o crescimento carcerário, a profissionalização do crime e a ineficácia do Estado em administrar os contros urbanos.     O Brasil vive um crescimento assustador do sistema carcerário, e simplesmente jogar a criança nesse ambiente é decretar o fim do retorno à sociedade. Ao traçar o perfil social dele, segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), 95% são moradores da periferia e mais da metade se ausentaram da escola, fica ainda pior quando desses jovens infratores 66% pertencia a faixa de família em extrema pobreza. Essa medida só mascararia a má distribuição de renda e falta de educação para os mais pobres.       Nesse cenário o jovem está mais propício ao aliciamento das facções criminosas cada vez mais organizadas. Com a falta de assistência aos menores as corporações criminosas os recrutam para serem "soldados do tráfico". Essa organizações assumem dessa forma o papel do Estado e geram oportunidades de crescimento na carreira criminosa. Deve ser feito um trabalho organizado juntando sociedade civil e políticas públicas com o intuito de retirar eles desse ambiente.       É possível notar que a ausência do Estado abre portas ao submundo agravando o problema de segurança pública no País. Do início do ano até março o Brasil viveu momentos de terror quando facções criminosas entraram em conflito no sistema prisional do Norte e Nordeste somando-se 131 mortes. Qual a capacidade de ressocialização desses órgãos? quase que nulo.       Portanto, a culpa não é dos "de menores", mas da ausência estatal que prevalece no Brasil. Faz-se necessário acolhê-los no veio da educação e desmarginalizar a periferia do país sendo geradas oportunidades iguais.