Materiais:
Enviada em: 18/04/2018

A problemática da doação de órgãos no Brasil abrange questões familiares, culturais e sociais. Atualmente, a fila de espera para transplantes de órgãos ultrapassa o número de doadores e isso se deve a falta de informação e diálogo familiar sobre o assunto, além da concentração desses serviços em regiões específicas. Logo, solucionar o impasse é de extrema importância.   Em primeiro lugar, há a falta de informação, credibilidade e diálogo sobre o assunto. Sobretudo, o serviço de doação de órgãos possui uma lista única, por ordem de urgência e é capaz de salvar muitas vidas. Entretanto, grande parte da população não possui o conhecimento sobre como funciona o processo de transplantes no Brasil,julgando haver uma relação de comércio. Além de muitas vezes a família não assimilar o conceito científico de morte encefálica. Ademais, a morte é vista culturalmente como um tabu, evitando o diálogo sobre o tema no seio familiar, o que dificulta o processo de doação, pois quem autoriza a doação é a família do indivíduo.   Outra questão social de extrema importância para o impasse da doação de órgãos é a concentração dos serviços especializados de saúde nos grandes centros urbanos do país. Pois, para a realização de um transplante há um curto espaço de tempo, o que inviabiliza grandes deslocamentos.   Portanto, ao analisar o tema da doação de órgãos no Brasil, nota-se que há obstáculos a serem superados. Por conseguinte, é necessário que o Ministério da Saúde em parceria com a Mídia promova campanhas de conscientização sobre o tema, através de informes publicitários, expondo como funciona o processo e a importância desse ato para salvar vidas. Também é preciso que o Ministério da Educação aumente o número de vagas espalhadas pelo país nas pós graduações em captação, doação e transplante de órgãos e tecidos para descentralizar esse serviço. Ademais, é preciso que a Família dialogue sobre o assunto e respeite a decisão tomada pelo indivíduo. Assim obtém-se a perspectiva de atenuar o problema.