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Enviada em: 20/04/2018

É de conhecimento geral que os transplantes de órgãos são muito importantes para a manutenção da vida de muitas pessoas. É mediante tal questão que muitas vidas são salvas no mundo. No entanto, devido a falta de solidariedade da sociedade, a quantidade de órgãos doados não é suficiente para suprir as necessidades de todas as pessoas que precisam desses órgãos para sobreviver. Nesse contexto de insuficiência de doadores, surgiu o mercado de vendas ilegais de órgãos, no qual pessoas de países mais ricos compram os órgãos de pessoas de países mais populosos. Diante disso, a demanda por doações de órgãos aumentou nos últimos anos e é necessário que o Estado e a mídia atuem de modo a colaborarem com essa questão.    A doação de órgãos representa a continuação da vida. Seja para quem doa ou para quem recebe. Entretanto, essa ideia não é compartilhada no mundo. Nesse viés, muitas crianças, adultos e até idosos que precisam de transplantes de órgãos para sobreviver ficam muito tempo em listas de espera, muitas vezes sem previsões de quando quando receberá o órgão e, em muitos casos, o paciente não resiste. Um exemplo que ratifica essa ideia está presente no seriado americano "Greys Anatomy", no qual o personagem Denny Duquette morre na fila de transplantes, após passar dois anos esperando por  um transplante de coração. Dessa forma, a falta de sensibilidade da sociedade acerca da doação de órgãos corrobora para a continuação de mortes de pacientes em filas de transplantes.    Em causa dos fatos mencionados, observa-se o surgimento do mercado ilegal de órgãos. Nesse mesmo pensamento, pessoas ricas que precisam de transplantes de órgãos financiam o tráfico de órgãos em regiões marginalizadas dos países populosos, e o Brasil é um exemplo que confirma essa ideia. Nessa ótica, um estudo desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas da USP indica que o Brasil aumentou a quantidade de doadores em quase 70% nos últimos cinco anos, apesar disso, o país ainda é referência na venda ilegal de órgãos. Sendo assim, surge-se a necessidade de se revisar o papel do Estado e das famílias diante tal problemática.      Diante dos fatos expostos, para que o número de número de doadores de órgãos aumente, são necessárias medidas concretas que tenham como protagonistas o Estado e a mídia. O Congresso Nacional deverá criar leis que punam com mais rigor as pessoas envolvidas nos transplantes ilegais de órgãos, de modo a proibir a exploração sobre as pessoas mais pobres, com efeito, essa parcela da sociedade não terá sua vida comprometida por transplantes clandestinos; a mídia deve veicular campanhas com caráter sensibilizador, mostrando a importância da família para que doação de órgãos aconteça. Só assim, o Brasil seguirá os caminhos seguros do amor ao próximo.