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Enviada em: 28/05/2018

O Brasil é um país destacado no contexto mundial de doação de órgãos e tecidos, principalmente por ter o maior sistema público de transplantes do mundo. Em contrapartida, a alta taxa de recusa familiar para doação de órgãos, a falta de informação da população sobre o assunto e a má distribuição de equipes que realizam esses procedimentos são problemas graves no país. De acordo com o escritor Peter Drucker "o conhecimento e a informação são os recursos estratégicos para o desenvolvimento de qualquer país. Os portadores desses recursos são as pessoas". Tal máxima exprime a problemática criada pela falta de informação da sociedade brasileira sobre a doação de órgãos, em que 43% das famílias se recusam a doar por motivos que tangenciam desde crenças religiosas até o desconhecimento e não aceitação da morte encefálica. Além disso, é indubitável que no Brasil a má distribuição de equipes que realizam transplantes dificulta o desenvolvimento de tais procedimentos no país. Segundo a OMS, há mais de 1000 equipes e 400 unidades prontas para atuarem nessa área distribuídas pelo país. No entanto, enquanto em São Paulo são disponibilizados 20 grupos para realizarem cirurgias de fígado, em Minas Gerais existem 3 e em outros estados, não há. Diante desse quadro, é necessário que a mídia, através de programas de atinjam a massa populacional aborde esse tema, visando conscientizar a população. Além disso, as faculdades públicas da saúde devem oferecer palestras para estudantes do ensino médio sobre essa temática, com o objetivo de levar informação para a população jovem. Destarte, o governo deve reorganizar a distribuição de equipes de transplantes pelo país através do estabelecimento de um número mínimo de grupos para cada região, para que haja igualdade no acesso a esse procedimento. Só assim o Brasil conseguirá reverter a problemática no contexto da doação de órgãos no país.