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Enviada em: 14/06/2018

No Egito Antigo, após o falecimento, os órgãos do falecido eram conservados, caracterizando assim o ritual da passagem da vida terrena para a vida eterna. Portanto, não se haviam doações de órgãos, e o primeiro transplante de órgão só foi realizado em 1954, nos EUA. Contrapondo à isso, no Brasil enfrentamos uma carência de doações dos mesmos, o que acarreta em um caos na área medicinal contribuindo para que muitos que necessitam desses órgãos morram antes mesmo de recebê-los.         Entretanto, temos a Espanha como a maior pioneira em doações de órgãos, mas no Brasil, apesar de ter ocorrido um certo aumento nessas doações, ainda nos deparamos com a carência dos mesmos, que em decorrência, se justifica por estar intimamente ligada à falta de informação e conscientização da população. Muitos são aqueles que creem que doar um órgão seja um risco à própria saúde, ou que até mesmo por dogmas religiosos decidem não doar. No entanto, estamos à frente de um grave impasse caracterizado tanto pelo atraso das filas para recebimento de um órgão, quanto às mortes devido à falta dele.    Ademais, a falta de identificação como doador de órgãos na carteira de identidade também é um problema. Sendo assim, após o falecimento, a decisão de doar ou não os órgãos do falecido é passada para a família, onde há muitas que não autorizam a doação. Essa resistência à doar um órgão também pode ser correlacionada à uma hierarquização sociocultural onde temos desde os primórdios da base da sociedade brasileira uma crença no senso comum, em que hodiernamente, ainda encontramos pessoas ligadas à isso, como por exemplo, as que associam um transplante de órgão à algo altamente arriscado e nocivo para a saúde, devido à falta de informação.    Dessarte, medidas devem ser tomadas para amenizar esse impasse. Portanto, cabe ao Ministério da Saúde promover campanhas e propagandas abordando de uma perspectiva ética e solidária a importância da doação de órgãos, e também conscientizar e informar a população sobre o procedimento de transplante, esclarecendo as demais dúvidas e desmentindo os demais mitos acerca do mesmo. Assim sendo, tendo como objetivo o incentivo à doação de órgãos e também à diminuição das mortes causadas pela falta deste e do extensivo tempo de espera enfrentado pelo os que necessitam.