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Enviada em: 20/03/2017

A doação de órgãos é um ato altruísta, que consiste na remoção de órgãos e tecidos de um indivíduo que morreu, quando constatada morte encefálica, ou de um indivíduo em vida, a fim viabilizar o tratamento de doenças como o câncer e o diabetes. Contudo, a média de transplantes no Brasil está muito aquém do necessário. Logo, medidas responsáveis por alterar esse quadro são cabíveis.      Em primeiro lugar, é preciso destacar que a fila de transplantes do Brasil, por vezes, se torna a "fila da morte", já que nem sempre o paciente consegue seu intento: um órgão. De acordo com o ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos), em 2015, mais de 2 mil pessoas morreram à espera de um transplante - entre elas 64 crianças. Essa triste realidade é reflexo do conhecimento limitado da sociedade quando a doação e as falhas durante o processo, uma vez que, problemas durante o transporte e na manipulação desses órgãos são comuns. Com isso, observa-se que mudanças em relação a esse cenário devem existir.        Em segundo lugar, deve-se considerar que a recusa familiar é grande e envolta de mitos. Isso é afirmado, pois, várias famílias nutrem a falsa ideia que o ente querido possa ‘voltar’ de uma morte encefálica, o que não procede, uma vez que se trata de uma lesão irreversível, em que o indivíduo tem interrompida todas suas atividades cerebrais. Além disso, há quem associe um potencial doador a idade, sendo que não existe restrição etária para doação de órgãos, considera-se apenas a fisiologia do órgão para o transplante.      Dessa forma, depreende-se, que o problema da doação de órgãos no Brasil está vinculado a pouca informação. Nesse sentido, cabe ao Estado além da habitual abordagem realizada nos hospitais e através de campanhas televisivas, investir em programas e em palestras dentro das escolas, em empresas e em outros meios públicos, a fim de esclarecer as principais dúvidas da população e incentivar a doação de órgãos. Paralelo a isso, investimentos na área da saúde, com intuito de evitar falhas.