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Enviada em: 29/04/2017

A nação verde-amarela sofre com diversas dificuldades de cunho político, econômico e social, que são constantemente televisionados e polemizados. Entretanto, há certos problemas, os quais não recebem a preocupação nacional que deveriam: os dilemas da doação de órgãos. Nesse sentido, existem impasses, que dificultam a eficiência do transplantes, como o tráfico de órgãos e a resistência das famílias em permitir a retirada do conjunto de tecidos dos seus parentes.       É relevante discutir, precipuamente, que o comércio de órgãos é devido a negligência do Estado em fiscalizar e investir na redução dessa prática. Nesse contexto, os reduzidos investimentos em estrutura hospitalar e a falta de profissionais éticos aumentam o contingente de pacientes na fila de espera para receber novos órgãos, ao passo que o mau atendimento comprometeu a funcionalidade do organismo. Contudo, o números de órgãos doados é inferior a quantidade de paciente à espera deles. Assim, muitas pessoas supervalorizam a aquisição de órgãos de forma ilegal, pois garantem, dessa forma, a agilidade no tratamento, motivo que incrementa o mercado ilícito da venda de órgãos. Prova disso, segundo o Ministério da Saúde, o número que doação permanece abaixo da média esperada, que é de 16 doadores por milhão de habitantes. Logo, é importante mudar essa situação.         Deve-se salientar, ainda, que a resistência das famílias em aceitarem a doação de órgãos contribui negativamente nesse tema. Nessa perspectiva, a falta de discussão na própria família sobre ser doador ou a ausência de conhecimento sobre a irreversibilidade da morte encefálica dificultam o aumento de doadores. Dessa maneira, muitas pessoa omitem da sua família o desejo de serem doadores de órgãos, fazendo que muitos familiares não saibam como agir na situação de óbito. Além disso, o termo médico "morte encefálico", que significa ausência de todas as funções neurológicas, é desconhecido por grande parte da população, que acredita que seu familiar pode voltar a vida, e por isso não aceita que retirem seus órgãos. Destarte, é preciso esclarecer os indivíduos sobre essa questão.       É relevante, portanto, que medidas sejam tomadas para reverter essa situação. Desse modo, o Estado deve investir na infraestrutura dos hospitais e na capacitação dos profissionais, por meio de salas cirúrgicas bem equipadas e equipe médica com conhecimento necessário e experiência no processo de transplante. Ademais, é necessário que os parentes dos doadores exijam exames de diagnóstico de morte encefálica, a fim de garantir que não há fraude nos exames para abastecer transplantes ilegais. Outrossim, as mídias televisivas e as redes sociais devem incentivar a doação de órgãos e a denúncia de processos ilegais, através de propagandas e programas que expliquem o conceito de morte encefálica e discutam sobre o ato da doação. Assim, será possível atenuar esse mal.