Materiais:
Enviada em: 18/06/2017

É lamentável saber que no Brasil a fila de espera por transplante de órgãos sólidos ou tecidos é longa. Seja essa fila prolongada pela cultura social, seja pela falta de conhecimentos e de informações referentes a captações de órgãos pós morte encefálica do ente próximo. Circunstâncias que, infelizmente, nada contribuem para atenuação da fila de espera, e que expressam o triste dilema da realidade brasileira em que as doações de órgãos são insuficientes diante da demanda do país.    Na verdade, as famílias dentro da sociedade dialogam pouco sobre a morte, esquecendo-se de que é um fato inerente ao ser humano. Com isso, diante da morte encefálica de um ente querido e da indagação de profissionais responsáveis pela captação de órgãos quanto a autorização da doação dos órgãos do possível doador, além da dor, os parentes deparam-se com a desesperança, com a falta de informação e a falta de opção do ente morto, pelo fato dos questionamentos não terem sido abordados antes em conversas informais. Realidade cultural social que precisa ser essencialmente discutida na sociedade, já que muitas famílias não tem consciência da importância da doação de órgãos.    Os transplantes são fundamentais à manutenção da vida de muita pessoas que aguardam na fila de espera. Indivíduos que desejam uma nova oportunidade e acreditam em um gesto de amor ao próximo. Gestos que podem ser maximizados com informações sobre a doação e captação de órgãos por autoridades que explicitem que a doação de órgãos do ente falecido só será realizada após um diagnóstico preciso de morte encefálica.    É preciso, primordialmente, que autoridades competentes incentive à sociedade com campanhas publicitárias esclarecedoras de o quanto é benéfico a doação de órgão, o quanto é segura, e o quanto é humana. Conscientizando as pessoas de se deixar claro na família a vontade expressa de ser um doador. Além disso, faz-se necessário que o Ministério da Saúde e a ABTO admitam uma estrutura operacional e hospitalar adequada a esse processo. Assim os dilemas da doação serão findados.