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Enviada em: 31/07/2017

No famoso seriado médico, Grey's Anatomy, a doutora Beily - cirurgiã geral - encontra sérias dificuldades para a realização do transplante de seis rins, visto que à profissional junto ao corpo médico, necessitam correr contra o tempo, enfrentar problemas infraestruturais e aguardar à aprovação familiar. Em comparação ao cenário contemporâneo, a situação presente encontra-se, muitas vezes, próxima da realidade. Nesse contexto, há fatores os quais não podem ser negligenciados ou permanecer em estado de inércia, assim, exigindo diretrizes para solucionar esse impasse: os desafios da doação de órgãos no Brasil.     Em primeira análise, cabe pontuar que a ausência de infraestrutura para receber e preparar os órgãos para a cirurgia, é uma problemática a qual corrobora para os desafios do transplante no Brasil. Como apresentado no programa de TV, Fantástico, o médico e repórter Drauzio Varella, mostrou o descaso e a falta de recursos à integridade da saúde humana. Isso porque grande número de hospitais não possuem profissionais qualificados para transplantar órgãos específicos, exigindo o transporte do paciente para outro local ou estado, como também cita Ben-Hur Ferraz Neto - presidente e chefe do programa de transplantes de fígado do hospital Albert Einstein - afirmando a insuficiência de preparação nas regiões Norte e Centro-oeste.     Além disso, convém frisar que à decisão para doação, hoje, é apresenta pela família do doador, o que, muitas vezes, não resulta em uma aprovação devido ao momento sensível em que encontra-se os familiares da vítima, exigindo um diálogo formal e de compreensão, não desrespeitando os direitos humanos dos parentes e do indivíduo que faleceu. Ademais, é possível mencionar os cuidados exigentes com o tempo de duração em que um órgão precisa. Em uma reportagem divulgada pelo Jornal Nacional, após à chegada de um grupo de médicos ao centro cirúrgico, faltando poucos minutos de vida do órgão, os profissionais acidentalmente derrubaram o elemento a ser transplantado, colocando em risco o seu funcionamento.     Dessa forma, como cita a célebre teoria Newtoniana, um corpo só sairá do seu estado de inércia, caso alguma força atue sobre ele, ou seja, soluções devem ser postas para amenizar os desafios do transplante de órgãos no Brasil. Para isso, é imprescindível, a longo prazo, o investimento governamental na capacitação e preparação de hospitais, principalmente, em centros cirúrgicos, somado com a capacitação de profissionais para realizar o transplante , evitando descuidos e riscos à saúde do órgão. Outrossim, cabe à escola um papel fundamental de expor a temática da doação desde a fase mais tenra e precoce da vida, através de palestras com psicólogos e médicos, informando a importância e o altruísmo de doar um elemento do corpo. Com isso, futuramente o número de doadores crescerá e possivelmente os desafios serão combatidos.