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Enviada em: 20/08/2017

O Brasil é o segundo país do mundo que mais realiza transplante de órgãos no mundo, de acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). No entanto, ainda está longe de alcançar o primeiro lugar, que fica com a Espanha, devido, principalmente a forte presença religiosa no país e à falta de equipes médicas para a realização da retirada de órgãos.      Desde a época da colonização, no qual um dos motivos para descobrir novas terras por parte de Portugal era um modo de aumentar o número de féis cristãos, a Igreja tem forte presença na vida dos brasileiros. Isso prejudica uma série de questões, como a recusa da doação de órgãos, no qual muitas pessoas se negam a praticar essa ação, porque defendem a ideia de que o corpo humano deve continuar inviolável inclusive após a morte. Assim, as pessoas têm uma forte influência religiosa em suas vidas, o que faz com que mesmo que o Brasil tenha uma posição de destaque no âmbito mundial de doações, ainda apresenta muitas mortes, por falta de doação.      Além do mais, outro fator que dificulta doação de órgãos é a má distribuição das equipes que realizam transplantes pelo Brasil, por priorizar a região Sudeste, principalmente São Paulo, deixa as regiões Norte e Nordeste com escassez dessas equipes. Isso é um reflexo histórico dos governantes priorizarem o desenvolvimento de infraestrutura da região Sudeste e Sul, devido à forte industrialização presente, e esquecerem do resto do país. Assim, mesmo que a pessoa seja doadora de órgãos, se a infraestrutura não for adequada, acaba ocorrendo a perda dessa oportunidade de doação.        Conforme diz Newton, um corpo tende a permanecer em seu estado, até que uma força atue sobre ele. Desse modo, a aplicação de força suficiente para possibilitar o aumento da doação de órgãos é imprescindível. Para isso é necessária que a mídia apresente em suas novelas e minisséries a importância da doação de órgãos para o desenvolvimento dos personagens religiosos, e haja a conscientização dessas pessoas para o caráter religioso deixar de ser um empecilho para a doação. Além do mais, o governo deve repassar uma maior quantidade de verbas para o ministério da saúde, para este último possibilitar a criação de mais equipes que realizam os transplantes, como forma de possibilitar o aproveitamento completo de pessoas que já são doadores e diminuir o sofrimento de indivíduos que precisam de órgãos.