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Enviada em: 29/08/2017

A morte é com certeza um episódio triste e inevitável, não à toa, amedronta a tantos, porém ela não precisa ser o fim de tudo, ao contrário, pode ser o recomeço para muitos que esperam nas longas filas de transplantes de órgão, mas para isso as famílias precisam conceder autorização para proceder com a adoção, o problema é que quase metade delas recusa essa possibilidade. Quais motivos justificam esse quadro? Os mais prováveis são religiosos e a ignorância sobre o assunto.         No primeiro caso não há o que ser feito, afinal, poucas coisas no mundo são tão fortes quanto à fé, porém o Brasil é um país de predominância católica (cerca de 64 % da população), o que deixa claro que a crença religiosa não é a principal responsável pela baixa taxa de aceitação entre as famílias, ainda, no caso de doutrinas que recriminam a doação de órgãos, devemos atentar para que estas não propaguem acidentalmente o tráfico humano para tal finalidade.        O motivo da baixa aceitação é indiscutivelmente a falta de conhecimento da população sobre o assunto, o procedimento e a importância deste ato. O que acontece é que as famílias dos possíveis doadores se deparam com estas informações apenas quando estão desestabilizadas emocionalmente pela perda... Sem condições de tomar tal decisão e tão pouco é possível questionar a vontade dos doadores, nesse caso fica fácil prever o desfecho e entender o porquê de filas de espera tão longas.         Fato, é preciso mudar essa estatística, possuímos o poder de salvar outras pessoas, mas necessitamos saber que possuímos esse poder, para isso o conselho de saúde deve promover palestras em empresas, indústrias e universidades, propagandas devem ser produzidas e veiculadas com ênfase, mostrando, sempre que possível, depoimentos verossímeis, dessa forma as pessoas serão certamente solidárias.