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Enviada em: 18/09/2017

O número insuficiente de doações de sangue é um problema que aflige a maioria dos países subdesenvolvidos. Entretanto, no Brasil, a falta de doadores frequentes tem prejudicado não somente procedimentos cirúrgicos programados, como também, intervenções médicas emergenciais. Por esses motivos, diligências devem ser promovidas em detrimento da resolução dessa problemática.            Atualmente, no país, não há programas de incentivo ao recrutamento de doadores regulares de sangue. Em vista disso, pesquisa feita por estudantes de medicina da UFS, Universidade Federal de Sergipe, revelou que mais de 50% dos entrevistados no HEMOSE, Hemocentro de Sergipe, somente estavam doando a pedido de parentes ou amigos necessitados. Ainda nesse estudo, foi descoberto que um terço dos doadores encontraram dificuldades para localizar o centro de coleta. Infere-se que essa realidade se estenda para o resto do Brasil .Fica evidente, portanto, a necessidade de ações sociais em prol da conscientização da solidariedade, e ainda da divulgação massiva pela mídia das localidades dos bancos regionais de sangue.          É importante pontuar que a EBSERH, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, divulgou, ao final de 2016, um relatório que informava um atraso de 11% nas cirurgias eletivas por falta de estoque de bolsas de sangue. Essa oferta insuficiente, também contribui para a morte de 2 em cada 10 pessoas acometidas por acidentes automobilísticos, segundo a OMS, Organização Mundial da Saúde. Nesse contexto, faz-se necessária mobilização do Estado para que esses índices não continuem obtendo aumentos significativos.          De modo a garantir o estoque sanguíneo demandado pelos hospitais brasileiros, os Hemocentros em parceria com a Receita Federal deve criar um cadastro único de doadores de sangue afim de premiar com descontos no imposto de renda os contribuintes que atingirem a meta anual de bolsas doadas, fidelizando, assim, um número maior de pessoas. Em adição, é preciso que as Secretarias Municipais de Saúde em conjunto com as instituições de ensino distribuam para os alunos cartilhas ilustrativas contendo a localização dos centros de coleta de sangue e orientações referentes à importância do ato solidário. Somente dessa forma essa e as futuras gerações terão plena consciência do quanto são capazes de salvar vidas por meio da doação voluntária de sangue.