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Enviada em: 21/09/2017

Ao se observar a atual estrutura social do Brasil, é relevante questionar-se sobre a doação de órgãos. Esse ato salva milhares de vidas todos os anos, no entanto, o número de transplantes vêm diminuindo devido, principalmente, à pouca promoção de políticas públicas e à falta de diálogo no âmbito familiar. Nesse contexto, é importante reverter esse quadro, dadas as suas consequências.      É indubitável a fragilidade do poder público frente à questão da doação de órgãos. Uma prova disso está na pouca disseminação de campanhas para levar informações sobre o processo e sensibilizar as pessoas sobre a importância desse ato que, infelizmente, têm encontrado dificuldades para sua plena realização, seja por desinformação, seja por indiferença dos indivíduos com essa causa. Diante disso, o resultado dessa situação está em dados divulgados pela Associação Brasileira de Transplantes que afirma que metades das famílias se recusam a doar os órgãos de um parente falecido.       Concomitantemente, a falta de diálogo sobre essa questão no ambiente familiar tornou-se um entrave. Isso é perceptível, principalmente, quando familiares negam a doação por não saber se o parente era à favor desse processo. Esse cenário revela, na verdade, as relações ''líquidas'' entra as pessoas na sociedade moderna, descrita pelo sociólogo polonês Zigmunt Bawman, tanto na falta de diálogo, quanto na falta de fraternidade com quem luta pela vida.       Fica evidente, portanto, que são necessárias medidas para solucionar essa questão. Isso pode ser feito pelo Governo Federal e pelas mídias de grande penetração,como a TV, na promoção de campanhas de esclarecimento sobre o processo de doação a fim de informar, sensibilizar e desenvolver o altruísmo necessário para o maior engajamento dos indivíduos nessa nobre causa. Além disso, cabe á família e à escola, estimular o debate sobre o tema por meio palestras nas escolas, com pais e alunos, com o intuito de edificar os valores a ser seguidos pelos jovens.