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Enviada em: 18/10/2017

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: VIDA QUE SEGUE.      Desde o primeiro transplante realizado no Brasil 1954 a evolução é notável. As técnicas de captação, remoção, implantação e minimização da rejeição foram aperfeiçoadas e salvam vidas. Contudo, é praticamente impossível zerar as filas à espera dos órgãos, mas elas podem diminuir por meio da sensibilização da população a respeito da necessidade da doação.      Apesar de todo aparato técnico e logístico favorável a doação, a negativa familiar é o principal motivo para que um órgão não seja doado. Nesse sentido, os familiares sustentam suas decisões em questões, tais como o medo do tráfico ilegal de órgãos e o mito da “antecipação da morte” do paciente. Ou seja, 47% dos potenciais doadores, após o óbito, são impedidos de salvar vidas, fato consideravelmente lamentável.         Além disso, de acordo com o nefrologista José Medina Pestana, a falta de comunicação acerca da pretensão de doar, entre doador e família, é a principal justificativa dos familiares para recusar a doação dos órgãos do ente falecido. Diante da importância da questão, infere-se que este assunto deve permear as discussões nos lares, favorecendo e valorizando atos de empatia e solidariedade.        De certo, a doação de órgãos salva muitas vidas no Brasil. Contudo, mitos, preconceitos e falta de comunicação podem impedir que vidas sejam salvas. Diante disso, o Ministério da Saúde deve promover campanhas publicitárias com forte teor apelativo, que visem sensibilizar a população a doar. Por sua vez, o Ministério da Educação deve inserir a temática nos livros didáticos de biologia, favorecendo um melhor entendimento acerca do procedimento e de sua importância. Somem-se a isso a criação de um espaço no perfil de redes sociais, como Facebook e Instagram, para que o usuário se autodeclare doador ou não. Desse modo, o Brasil será uma nação, que mesmo na morte, multiplica vidas.