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Enviada em: 23/10/2017

Segundo o Ministério da Saúde, o número de transplantes de órgãos no Brasil aumentou em 15,7% em 2017. Porém, mais de 70 mil pessoas estão na fila de espera e, muitas acabam morrendo devido a falta de instrução, dogmas ou por aspectos técnicos , o que precisa ser discutido no país.             Nesse contexto, apesar do aumento nas taxas de doações nos últimos anos, esta ainda é baixa para um país considerado avançado nesta questão, pois o Brasil possui o maior programa público de transplantes do mundo, que é feito pelo SUS. Ainda assim, países como EUA chegam a registrar índices de 30 doações por milhão, enquanto o Brasil não atinge a metade disse número. Além disso, problemas com transporte, infraestrutura e manipulação correta dos órgãos, representam 17% da taxa de desperdicío destes.                                                                                        Só para ilustrar, apenas metade das mortes encefálicas são denunciadas ao Centro Nacional de Capitação de Órgãos, inviabilizando a doação dos mesmos. Ademais, 25% das famílias não permitem a doação de órgãos dos seus entes por conta dos dogmas religiosos que fazem estas acharem que o corpo deve continuar inviolado após a morte. Concomitantemente, nota-se que há carências em campanhas sobre o assunto no país, pois casos de repercussão na mídia ajudam a aumentar os índices de doações, como : o assassinato de Eloá em São Paulo, que devido a família ter declarado a mídia que doaria os órgãos desta, as doações aumentaram 90% , além de gerar uma discussão nacional.                                                   Infere-se, portanto, que o Ministério da Saúde esclareça o assunto para a população. Logo, por meio de campanhas midiáticas de conscientização, com o apoio da imprensa engajada, este deve mostrar a importância das doações de órgãos para salvar milhares de vidas. Somando-se a mudanças na lei , por meio do Governo Federal , para que as pessoas possam manifestar em vida o desejo de doar ou não seus órgãos. Em suma, como dizia o escritor Orison Swett " Uma vela na perde quando, com sua chama, acende outra que está apagada."