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Enviada em: 24/10/2017

É inegável o dilema enfrentado, diariamente, por milhares de brasileiros em busca da doação de órgãos no país. Nesse sentido, diante provectos fatores como: déficits estruturais e falta de conscientização social, a problemática instala-se.  Em primeira análise, é incontrovertível que a qualidade de vida está diretamente associada à saúde.  De acordo com Platão, filósofo grego, o importante não é apenas viver, mas sim viver bem. No entanto, indo de encontro a tal pressuposto, embora no ano de 2016 os números referentes a doações de órgãos tenham crescido aproximadamente 15%, muitos indivíduos ainda enfrentam longas filas de espera à procura de um doador.  Nesse contexto, é válido salientar, ainda, que aspectos como: o desconhecimento social acerca da importância da doação de órgãos, em consonância com a má preparação do sistema público de saúde para a realização de transplantes, dão subterfúgios ao quadro vigente. Diante disso, apesar de os crescentes números de doações sejam observados, a recusa de muitos familiares ainda persiste. Ademais, a falta de equipamentos e  profissionais da saúde, inviabilizam os procedimentos cirúrgicos. Portanto, medidas educativas devem ser promovidas a fim de minimizar a problemática, pois como asseverado por Immanuel Kant, a educação é o segredo para o aperfeiçoamento da humanidade.  Indubitavelmente, para que as doações de órgãos no país sejam estimuladas, cabe ao Ministério da Saúde em parceria com veículos midiáticos, como: programas de TV, novelas e propagandas, divulgar a importância da doação, assim como, os benefícios que o doador estará trazendo ao receptor. Paralelamente, é preciso que o Estado distribua cartilhas educativas, informando quais órgãos podem ser doados e frisar o número de pessoas na fila de espera, o qual chega a quase 40 mil atualmente no país. Por fim, a Receita Federal, por meio de verbas públicas, deve investir em equipamentos e na capacitação de profissionais da saúde para a realização de transplantes.