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Enviada em: 29/10/2017

No século XV com a ascensão do renascimento cultural e sua vertente humanista o corpo e seus órgãos passaram a ser estudo cientificamente. Desse modo, apesar dos avanços tecnológicos, o âmbito hodierno esbarra com problemática tangente aos indicies de doações abaixo do esperado no Brasil. Nesse contexto, há dois fatores que acentuam o impasse: concepções incorretas a cerca das doações no corpo social e a carência de profissionais por regiões.     Primeiramente, é valido ressaltar que em decorrência do óbito os parentes de até segundo grau definem se haverá as doações de órgãos. Nesse cenário, mitos errôneos que permeiam a sociedade como a deformação do corpo ou que depois de declarado a morte encefálica é possível o falecido voltar à vida são presentes na comunidade, tais pensamentos associam-se com o fato de que não há uma instrução adequada da população a cerca dos consensos de órgãos. Em corolário, há uma redução nos números de consentimentos por familiares devido aos dogmas equivocados vigentes no país.      Outrossim, convém frisar a concentração de cirurgiões no eixo Sul-Sudeste. Nesse viés, as demais regiões sofrem com a carência de profissionais que realizem diversos tipos de transplante, um dado que ratifica é o divulgado pelo Ministério da Saúde no ano de 2016, que dos cento e oitos transplantes de rins junto com os pâncreas, noventa e três foram realizadas nas regiões sul e sudeste do país. Dessa forma, apesar do Brasil, consta com a maior rede pública de transplante do mundo, essa centralização de especialista por região atenuam as chances de potenciais doações (em óbitos, ou em vida) como exemplo o estado do Amapá que não realizou nenhum transplante do órgão em 2016.       Evidencia-se, portanto os dilemas enfrentados no Brasil em relação às doações de órgãos. Destarte, a díade Estado e Educação deve atuar em conjunto instrumentalizando ações na sociedade para elucida a questão. É mister, que o Ministério de Saúde em parceria com ONG’S especializada nas temáticas, veicule cartazes, propagandas e debates acerca dos mitos errôneos sobre as doações, divulgando em redes sociais, unidades básica de saúde e escolas, além de orientar os cidadãos sobre a necessidade de informar os familiares de desejar ser um potencial doador. Ademais, torna-se imperativo que o Conselho Nacional de Educação, disponibilize uma maior quantidade de vagas nas especializações de medicina relacionada às áreas de transplante com ênfase nas regiões que possuem poucos profissionais.