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Enviada em: 29/10/2017

Durante o Egito Antigo, era comum a prática da mumificação, em que se preservava artificialmente e valorizava os órgãos das pessoas que faleciam. Embora date de séculos passados, a doação desse fator representa um desafio, e deve-se analisar como a saúde pública e a rejeição familiar dificultam a resolução da questão.     Apesar do Brasil ter o maior programa gratuito de transplante de órgãos do mundo, a infraestrutura da saúde pública é um impasse. Isso ocorre porque, os profissionais especializados estão concentrados na região Sul e Sudeste do país, o que dificulta a realização desse procedimento, pois os rins, por exemplo, sobrevivem apenas 48 horas fora do corpo, além disso, complica o deslocamento do órgão para outro estado caso seja necessário. Em decorrência disso, a disponibilidade desse elemento em várias localidades são minimas.     Não obstante, a rejeição familiar é uma das responsáveis pelo problema. Indubitavelmente, questões religiosas e culturais contribuem para essa negativa, de acordo com a ABTO (Organização Brasileira de Transplante de Órgãos) 47% das famílias se recusam a doar órgãos de parente com morte cerebral. Como consequência disso, a fila de espera por doadores aumenta, e pessoas no aguardo de transplantes morrem.     Torna-se evidente, portanto, que a doação de órgãos é um desafio. É necessário que o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, invista na especialização de médicos, infraestrutura dos hospitais e criar centros de transplantes em regiões de baixa disponibilidade de órgãos com intuito de aumentar o índice de transplantes no país. Paralelamente, a mídia deve criar propagandas por meio de anúncios e campanhas publicitárias a fim de mostrar à população a importância da doação.