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Enviada em: 29/10/2017

Resultados positivos divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que a população brasileira está mais engajada na questão da doação de órgãos. No entanto, quase metade das famílias ainda negam o transplante de seus entes falecidos. Nesse sentido, é imprescindível analisar como a falta de conhecimento e a dificuldade de discutir em sociedade o assunto ratificam o impasse.       Antes de tudo, é necessário considerar como a carência de informações acerca da doação de órgãos dificulta essa questão, em que muitas familiares não consideram que podem estar salvando a vida de alguém que precise. Devido a morte encefálica de um familiar, por exemplo, muitos parentes do finado não aceitam que, mesmo com os órgãos em funcionamento, a pessoa está morta, assim não permitindo a doação. Dessa maneira, a falta de informação acaba sendo um grande obstáculo dentro dessa problemática.       Ademais, o âmbito social ainda tem dificuldade em debater sobre transplantes de órgãos abertamente. Nesse contexto, o tabu de discutir assuntos relacionados à morte, muitas vezes atrelados à ideologias religiosas, contribui para o aumento da fila de pessoas urgentemente necessitadas de algum órgão. Assim, a ausência de conversas quanto a esse tema faz com que muitos não vejam as possibilidades de ajudar alguém que luta em busca de um doador.       Mediante os fatos elencados, fica clara a relação da falta de informações e debates atrelados à problemática da doação de órgãos. Nesse sentido, cabe ao Estado, em consonância com a mídia, promover campanhas em veículos de comunicação, como a internet, rádio e televisão, discutindo e transmitindo informes que esclareçam e estimulem o transplante, dessa forma transformando a dor da perda em um ato de solidariedade.