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Enviada em: 30/10/2017

A Esperança de muitos é a doação de órgãos   A morte é um assunto que sempre instigou o ser humano. Nesse sentido, a filosofia, a literatura e a história sempre deixaram claro que o valor humano é questionável. Neste contexto, um avanço para a medicina contemporânea, a doação de órgãos, surge para dar esperança e uma segunda chance aos que já estavam sentenciados à morte. Contudo, um país continental como Brasil apresentar um índice de 43% de recusas, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, é um absurdo e é um indicativo de que tem algo errado.   Primeiramente, é interessante entender o principal motivo para a escolha de Doar um órgão: a empatia. A definição dessa palavra circunda a ideia de se colocar no lugar do outro. Nesse sentido, compadecer-se da dor do outro é o fogo que impulsiona o doador. Contudo, a falta de entendimento sobre o processo de doação, de informação e de conhecimento da possibilidade de ser doador coloca a família, que, geralmente, é quem decide sobre a doação, em uma situação de pressão e medo, posicionando a empatia como secundário.   Além disso, a falta de transporte limita muito e até inviabiliza uma doação. Isso se faz verdade pelo simples fato do órgão ter uma vida útil, depois de retirado, de poucas horas. Neste contexto, o governo do atual presidente promulgou a obrigatoriedade de ter pelo menos um avião ativo para dar suporte à doação. Todavia, isso é insuficiente para um sistema cuja a lista de espera é de 35000 pessoas, segundo ABTO.    Logo, sem dúvida, uma mudança deve ser feita e iniciada pelo Estado, entretanto, a tríade Escola, Estado e Mídia devem trabalhar de forma conjunta para uma mudança mais efetiva. O Estado, representado pela União, deve criar uma infraestrutura de transporte-com jatos, helicópteros e ambulâncias- eficiente para que nenhum órgão seja desperdiçado e nenhum paciente prejudicado. A parceria Mídia, Estado e Escola, por sua vez, deve focar na conscientização, com palestras, folhetos, propagandas, debates e mudanças na grade curricular. Dessa maneira, a família vai deixar de ser surpreendida com o assunto e vai estar mais aberta à possibilidade de colocar a empatia em seu devido lugar. Dessa forma, seguindo essas medidas, o Brasil vai dar mais um passo no avanço da medicina e na valorização da vida humana, além disso, dará esperança a milhares de brasileiros.