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Enviada em: 31/10/2017

Vida após uma morte       Medo, luto, desconhecimento. Esses, são alguns dos fatores que fazem da doação de órgãos um desafio a ser vencido. Após a Segunda Guerra Mundial, os avanços na medicina foram significativos, principalmente na área de transplantes. Tal progresso torna-se inócuo devido a população não se disponibilizar como doadora, resultando, a posteriori, em um obstáculo para os que aguardam na lista de espera pela sobrevivência. Tal questão merece zelo.       Embora a morte cerebral seja um prelúdio para atestar o óbito, a família do paciente resiste a tal diagnóstico. E é nesta fase que os responsáveis, enlutados, precisam decidir pela doação, ou não, dos órgãos. Porém, pela falta de informação acerca do assunto, 43% dos familiares recusam-se a ceder partes do corpo dos seus entes, segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Ademais, ainda há a influência da cultura brasileira que vê a morte como algo negativo, contrário dos Ganeses, na África, onde a morte é sinônimo de festa.      Como consequência, mais de 70 mil pessoas aguardam na fila de espera, apesar do Brasil ser referência no mundo em transplantes pelo Sistema Público de Saúde. Junto a esse saldo negativo, há também a centralização geográfica das equipes especializadas, o que dificulta o deslocamento dos órgãos e , não raro, devido ao tempo, resulta em perdas.       A fim de minimizar esse quadro caótico, portanto, e para que mais vidas não sejam perdidas, faz-se necessário que o Ministério da Saúde massifique, através de veiculações publicitárias, campanhas para instruir a população sobre o que é e a importância de ser um doador e também invista em hospitais especializados e bem distribuídos pelo país. Além disso, as escolas devem debater mais o assunto e cada indivíduo deve se voluntariar a doar. Tirando assim, - parafraseando Drummond - essa pedra do caminho.