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Enviada em: 31/10/2017

Na obra " Entre quatro paredes ", do filófoso Jean-Paul Sartre, o protagonista Garcin declara a sentença " o inferno é os outros ". Desse modo, afirma sua insatisfação em conviver socialmente, vista a pluralidade notória de idiossincrasias humanas respalda na falta de empatia. Logo, pode-se dizer que o contexto retratado se reflete no transplante de órgãos no Brasil, sendo em demasiados casos ignorados pelos cidadãos. Entrementes, essa problemática possui firmes sustentáculos no exercício exíguo da dialética e falta de comunicação familiar.        Primeiramente, de acordo com o filósofo Pierre Bourdieu, as estruturas sociais são incorporadas inconscientemente pelo indivíduo. Portanto, exprime-se que os discursos sociais engendram comportamentos em que o homem é agente e paciente de tais. Nesse ínterim, muitos pela falta de informação sobre os procedimentos e resultados em ser um doador de órgãos seja de córnea, rim, fígado e coração, não o realizam. Assim, consequentemente, aumenta-se a fila de espera devido à falta de doadores.        Ademais, em alusão à terceira lei do físico Isaac Newton, na qual toda ação gera uma reação, alguns doadores - ação - pela falta de comunicação com seus familiares, em sua morte não têm seu desejo realizado - reação -. Desse modo, 47% das famílias que se recusam a doar órgãos de parente com morte cerebral são pelo fato de não saberem desse anseio, segundo a ABTO.        Em suma, medidas devem ser realizadas para amenizar esse fato . Desarte, que o Poder Legislativo, por intermédio do Congresso Nacional, deve sancionar leis que viabilizam o aumento de conscientização em meio social e familiar acerca dos procedimentos e resultados desse ato, seja por cartilhas e mídias sociais - Facebook e Twitter. Outrossim, ONGs devem, por meio de escolas, ministrar aulas e palestras com os temas supracitados e a importância de informar a família sobre a pretensão de ser um doador, isto posto, com o fito de aumentar os doadores de órgãos.