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Enviada em: 01/11/2017

Apesar de a doação de órgãos contribuir com a finalidade de restabelecer uma função do corpo de uma pessoa, os números de doações ainda são precários no Brasil. Os preconceitos, principalmente diante da falta de discussão e da insatisfatória abordagem que é feita pela equipe médica, além da negativa de familiares diante da falta de discussão sobre o tema, já que envolve crenças e conceitos pré-estabelecidos,cooperam com o escassez dos procedimentos. Diante disso, são necessárias medidas que permitam, de forma gradual, capacitação de  profissionais e a informação , possibilitando melhorias na saúde pública brasileira.     Para resultar em doação de órgãos, o cérebro deve deixar de funcionar e o coração continuar batendo com a ajuda de aparelhos. A maneira como essa informação é repassada para a família, principalmente diante de uma situação de perda, pode influenciar na decisão no que diz respeito a uma possível doação. Para ilustrar, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), a satisfação dos familiares com a entrevista médica aumenta em nove vezes as chances de concretizar a doação. Logo, uma abordagem eficiente traz resultados positivos, permitindo que gestos como os da doação de órgãos salvem vidas. Analisar o momento ideal de abordar a família, respeitando o seu tempo de luto , bem como explicar, de forma simples e clara, sobre o assunto é necessário.       Ademais, a falta de discussão sobre o tema , ou a discussão superficial em escolas, faculdades e universidades pode contribuir com o estabelecimento de conceitos e falta de reflexão sobre esse assunto. Quando a mídia divulga casos de doação e campanhas , há um estímulo à conversa no ambiente familiar, escolar ou profissional. O desenvolvimento crítico sobre essa temática, baseado em discussões e levantamento de questões é importante, pois trata-se não apenas de um procedimento, como também melhoria na qualidade de vida do receptor, viabilizando um gesto altruísta e que pode ser visto sob um aspecto positivo para as diversas crenças.        Conclui-se,então, que proporcionar medidas que tenham a capacitação e informação como base é necessário. A atuação do Ministério da Saúde é essencial mediante lançamentos de cursos adicionais para equipe médica sobre como desenvolver assuntos delicados como esse em um ambiente hospitalar, por exemplo. Além disso, o Ministério da Educação, em parceria com a mídia, pode trabalhar em divulgação de campanhas, folhetos e artes que possam contribuir para a reflexão acerca do tema, proporcionando mudanças de comportamentos e solucionando, aos poucos, os dilemas da doação de órgãos no Brasil, contribuindo com  a melhoria na saúde pública do país.