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Enviada em: 06/02/2018

O ano era o de 1968, e no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo(USP), uma equipe liderada pelo cirurgião Euryclides de Jesus Zerbini realizava o primeiro transplante da história do Brasil. O órgão a ser transplantado era o coração, e o sucesso obtido após a cirurgia fez com que o acontecimento se tornasse um marco da medicina brasileira. 50 Anos depois, o número absoluto de transplantes no país têm crescido. Conferindo ao Brasil certo destaque no cenário mundial. No entanto, a quantidade de doações ainda são insuficientes em relação a demanda do país, devido sobretudo á inexistência  de uma cultura doadora, e da falta de estrutura hospitalar do Brasil. A criação do Sistema Nacional de Transplantes do Brasil se deu em 1997, e representou um marco na realização de transplantações no país, pois através dele foi possível monitorar e controlar estes procedimentos. Porém, infelizmente a precariedade da infraestrutura de hospitais na realização de transplantes, não pôde realizar uma ação conjunta com o novo Sistema. O que dificultou o processo de doações. 21 Anos após a criação do Sistema, ainda há precariedades estruturais nos hospitais, e há uma falta de profissionais qualificados para diagnosticar a morte encefálica. Realidade que gera ainda mais insegurança nas famílias e faz da doação de órgãos um dilema. O fato de a sociedade estar cada vez mais distante da alteridade juntamente com a falta de informações sobre o processo de doações torna desafiador a construção de uma cultura doadora de órgãos. Trazendo á tona um questionamento sobre o real valor da vida. Portanto, para que a doação de órgãos não seja mais um dilema, é necessário que o ministério da educação crie uma disciplina intitulada:¨Amor á vida¨, para alunos do ensino médio e universitários, através de professores qualificados, com informações sobre o que é a doação de órgãos, e sua importância. O Ministério da Saúde deve investir em médicos qualificados em transplantes e na estrutura dos hospitais.