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Enviada em: 25/06/2018

No filme "Setes Vidas", a longa-metragem mostra o drama do personagem principal que foi responsável por um acidente que ocasionou a morte de 7 pessoas e, assim, decidiu doar todos seus órgãos para buscar redenção. Á vista disso, a obra retrata, também, a felicidade de todos os receptores desses órgãos, mostrando a importância de proporcionar uma segunda chance a alguém. Nesse sentido, compreende-se a crítica  social feita pelo filme, visto que na atualidade muitas indivíduos deixam deixam de proporcionar essa segunda chance por conta do medo, da falta de amparo, informações e, em outros casos, pela falta de caráter das famílias doadoras.           Em primeiro plano, o aumento da doação de órgãos subiu cerca de 15,7%, segundo portal G1 de notícias, entretanto, ainda existem mais de 32 mil pessoas na fila de espera para receber um órgão. Dessa maneira, percebe-se a tentativa de aumentar os índices de doação, porém, a influência do luto e do sofrimento, os quais fazem as famílias desistirem da doação, ainda é maior do que a conscientização e o amparo emocional, uma vez que o Estado não oferece apoio necessário para esse grupo. Em virtude disso, dificulta-se a captação de órgãos, fazendo com que milhares de pessoas percam uma oportunidade, muitas vezes única, por conta desse dilema que o governo não se empenha o suficiente para transforma-lo em uma única direção que beneficie ambos os lados.           Ademais, a venda de órgãos também se tornou uma problemática. Em virtude disso, milhares de pessoas deixam de receber órgãos voluntariamente, pois existe um mercado clandestino e mal caráter que induz as pessoas venderem estes para outros países. Desse modo, além de ser um ato elitista que beneficia apenas quem tem boas condições financeiras,isto é, uma parcela minúscula da sociedade, esse comportamento objetifica pessoas e a própria vida como algo material que se pode comprar e vender. Logo, de acordo com a teoria "Imperativo Categórico" do sociólogo Kant, pessoas não devem ser tratadas como coisas que tem valor, mas como seres que tem dignidade, dessa maneira, a tese se aplica perfeitamente a discussão.            Entende-se, portanto, que cabe ao Ministério da Saúde, junto à Secretaria de Assistência Social, por intermédio da disponibilidade de psicólogos e assistentes sociais, ajudar e amparar emocionalmente as famílias e suas perdas e, através do diálogo, promover uma sensibilização da doação de órgãos para pessoas necessitadas, para que assim se possa convencer essas famílias a optarem pela doação. Além disso, cabe ao Governo Federal, por meio de investimentos nas áreas de combate à venda de órgãos, conscientizar por propagandas por meio da internet e redes televisivas, as penas e as multas para quem vende órgãos, para que evite que esse comportamento se propague.