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Enviada em: 12/04/2018

Em 1998 a Constituição Federal decretou o direito à vida. E para reforçar este direito, a Lei n° 9. 434 institui a legalidade sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano, com o consentimento de doares e ou autorização de seu familiar responsável, com a finalidade de se preservar a vida humana. No entanto, a inúmeros empecilhos no sistema de doação que impossibilita sua efetivação, seja a infraestrutura ou a divulgação de informações que influenciam na ética do tema em questão. Desse modo, os dilemas da doação de órgãos interferem no bem-estar social de determinados grupos, o que configura em um grave problema de saúde pública no Brasil.        Mormente, diversos cidadãos se valem de argumentos inválidos para apoiar a não doação de  órgãos. Ou seja, a mistificação do processo, infraestrutura precária de hospitais públicos e a carência de capacitação médica são artifícios utilizados para validar tais ações. Dessa maneira, a desinformação é o principal empecilho para a execução do processo. Ao contrário do que se possa imaginar doar um órgão a outro indivíduo é um ato de empatia e solidariedade, que salva vidas. Por exemplo, a doação de órgãos da menina Jemima Layzell, de 13 anos, que estabeleceu um novo recorde na Inglaterra, segundo autoridades do país: foram salvas oito vidas, incluindo as de cinco crianças.     Segundo o médico nefrologista e presidente da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos), Roberto Manfro, o índice de doações poderia ser mais satisfatório se a população tivesse mais acesso às informações sobre o processo. Sendo assim, as informações decoradas por um cidadão pesam sobre a sua ética e moral, configurando na mistificação do ato de doar parte si para salvar  vidas. Por fim, mantendo baixo o índice de doações de órgãos.      Destarte, torna-se imperativo que o Ministério da Saúde em parceria com o Governo Federal viabilize novos projetos de infraestrutura hospitalar e capacitação médica, por meio da verba da saúde no Brasil, para que assim haja novos hospitais e médicos capacitados prontos para o processo de doação de órgãos. Ademais, que o Ministério da Educação em parceria com as mídias sociais promova dinâmicas, palestras e propagandas sobre o valor da doação e informações sobre seu processo no corpo humano, para que assim não exista a desinformação dos cidadãos. Uma população bem informada sobre a doação de órgãos garante inúmeras vidas.