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Enviada em: 11/04/2018

A doação de orgãos no Brasil não é um processo recente, o primeiro transplante no país foi realizado em 1964. Todavia, hodiernamente, mesmo com o crescimento de 64% na última década, o Brasil ainda encara dificuldades para otimização desse processo, como a falta de transporte e infraestrutura adequada para realização do procedimento, longa fila de espera e a não aceitação das famílias brasileiras.  A princípio, segundo o SNT - Sistema Nacional de Transplantes, 70% dos orgãos que deveriam ser aproveitados são desperdiçados, destes, 17% é inviabilizado devido problemas com transporte ou infraestrutura. Esse problema está vinculado à estrutura precária dos hospitais públicos,como também ao inúmero insuficiente de responsáveis pela efetivação dos transplantes. O aproveitamento desses orgãos poderia salvar até vinte e cinco pessoas, sendo muitas vezes, a única chance de sobrevivência do recebedor.   Outrossim, deve-se salientar a falta de adeptos à doação, geralmente barrados pelas famílias, de acordo com o SNT, 25% das famílias dizem não ao ato de doar os orgãos. Tal decisão acaba acarretando uma fila de espera extensa para os recebedores, e consequentemente, aumentando o número de mortalidade no aguardo das doações e retirando a autonomia do falecido.  Portanto, torna-se necessário que o Governo Federal através do Ministério da Saúde amplie o programa de doação de orgãos, tal qual a melhora no sistema de transporte e infraestrutura nos hospitais. É imprescindível que seja colocado em pauta a discussão com a família e a realização de campanhas como o setembro verde, para que haja posto em prática o conceito de solidariedade dito pelo escrito Franz Kafka, que melhor expressa o respeito pela dignidade humana.