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Enviada em: 16/04/2018

Ser família é se doar.         No Brasil, os transplantes de órgãos iniciaram-se na década de 60, e foram, por fim, aperfeiçoados pelo Decreto 9.175 de 2017. Com esse, melhorou o Registro Nacional de doadores, deixando, também, apenas o indivíduo vivo ou os parentes em caso de morte como responsáveis pela escolha da doação. Todavia, devido à desinformação de parte da população, e um sistema de captação defeituoso perpetua-se a carência de órgãos doados. Assim, a junção entre Ministério da Saúde e outros setores da sociedade instigará uma evolução nesse quadro.         Primeiramente, diante de dúvidas sobre o processo de doação, sobretudo em caso de morte de um ente, o seio familiar, pode optar pela recusa. Por certo, faz-se urgente a compreensão sobre morte cerebral - parada de todas as funções do cérebro de forma irreversível. Pois, por estar associada à sobrevida da função cardiorrespiratória e outros órgãos, decorre a ilusão sobre reversão do quadro clínico.  Logo, a falta de conhecimento sobre o tema amplia o número de órgãos não doados.       Além desses empecilhos, a falta de equipes multiprofissionais, especificas, bem treinadas em todos os hospitais impede a identificação de possíveis doadores, tanto vivos como mortos. De fato, isso dificulta a comunicação com o Sistema Nacional de Transplantes responsável pela integração de todo o procedimento. Em decorrência dos fatores citados, 2,3 mil pessoas morreram na fila de espera de transplantes no Brasil em 2016, conforme pesquisa divulgada. Infelizmente, isso se reflete na realidade, prejudicando a vida de portadores de doenças irreversíveis, levando alguns deles procurar alternativas ilegais para o tratamentos de doenças.        Torna-se evidente, portanto, que a doação, um ato solidário, não só minimiza as filas de espera como também salva vidas. A fim da melhora dos tramites, compete ao poder legislativo criar um projeto que abranja tanto a obrigação das diretorias dos hospitais gerenciar treinamentos online, em suas equipes, por meio de convênio com universidades, quanto buscar integração direta de toda a rede de hospitais brasileira através de sistema oficial da Central Nacional de Captação de órgãos, assim, atenuando a burocracia do processo. Ademais, o Ministério da Saúde deve alavancar campanhas de promoção desse ato, promovendo seja maior divulgação da ação em mídias sociais seja em parceira com faculdades e escolas. Nessas ocorrerão palestras de profissionais e apresentações estudantis sobre a importância do tema, propiciando levar o debate para dentro das casas, enaltecendo o esclarecimento e a sensibilização para escolha do indivíduo como e do seio familiar sobre esse ato solidário disposto no decreto 9175 de 2017.