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Enviada em: 26/06/2018

Dentre os complexos assuntos da contemporânea sociedade brasileira, a ineficiência da saúde pública é um dos que o país precisa solucionar. Durante a Revolta da Vacina no século XX, as medidas adotadas consistiram-se na prevenção de doenças e infecções por meio de vacinações obrigatórias na população. No entanto, de maneira análoga, as condições desse sistema possuem percalços que corroboram para falhas no setor de saúde. Isso se deve não somente à negligência do governo, mas também a falta do engajamento social.       Convém ressaltar, a princípio, que o amplo território nacional, paralelo ao grande número de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) impede, muitas vezes, que a qualidade dos serviços prestados seja preservada. Isso pode ser provado segundo dados oficiais, que 71% da população brasileira utilizam esse sistema. Sendo assim, a Nação tende a divergir com a Constituição Cidadã de 1988, a qual promulga no artigo 196, a universalização dos direitos básicos à saúde. Além disso, a má fiscalização dos repasses das verbas federais para a manutenção dos equipamentos e das estruturas dos hospitais intensifica o desleixo, devido aos desvios do dinheiro público. Desse modo, não há dúvidas a negligência do Estado é um dos fatores que agravam essa problemática.       Ademais, cabe pontuar que a sociedade canarinha foi habituada a procurar Unidades de Pronto de Atendimento (UPA) como uma medida curativa e não preventiva. Como prova disso, consoante aos dados oficiais divulgados no Jornal da Globo, mais de 60% dos brasileiros procuram hospitais em situações de emergências. Sob essa perspectiva, é incontrovertível que os gastos para o tratamento passarão do investimento estimado, visto que, o paciente em situações extremas dependerá de sucessivos exames para realizar quaisquer procedimentos. Logo, maior será as despesas para preservar a saúde do usuário da SUS.       Diante aos fatos supracitados, é indubitável que ainda há entraves no que concerne aos direitos à saúde no Brasil. Portanto, cabe ao Estado intensificar os investimentos no setor de saúde, isso pode ser feito através de parcerias públicos-privadas, fornecendo subsídios em troca de trabalhos nos hospitais e punindo aqueles que realizam os desvios de verbas a fim de garantir a preservação da qualidade dos serviços prestados nos hospitais. Também, é dever do Ministério da Saúde criar propagandas que visem e esclareças a importância de procurar médicos como medida preventiva. Tal projeto poderá ser feito através de campanhas midiáticas e cartilhas que atingem diretamente as pessoas, com intuito de tornar a saúde pública como meio preventivo. Dessa maneira, poder-se-á garantir a universalização desse sistema como descrito na Carta Magna do Brasil.